Mesmo assustada com os rumos da Fórmula 1, a Red Bull anunciou, na última terça-feira, que irá controlar totalmente a escuderia Toro Rosso daqui em diante. O ex-piloto austríaco Gerhrard Berger, que detinha 50% das ações desde 2006, não terá o mesmo peso dentro da equipe que, na última temporada, superou a ?matriz? Red Bull Racing com uma inédita vitória. Até a metade de 2008, a situação da marca de energéticos na Fórmula 1 era uma incógnita, já que a Formula One Association (FOM, órgão que comanda a categoria) deve exigir, em duas temporadas, que todos os times construam e desenvolvam seus próprios carros. Desde sua fundação (alcançada com os espólios da antiga Minardi), a Toro Rosso conta com motores Ferrari. O bom desempenho nas pistas, no entanto, mudou esse cenário. Um dos destaques da temporada, o piloto alemão Sebatian Vettel, de 21 anos, tornou-se o mais novo a vencer um GP na história da Fórmula 1 em setembro, em Monza, na Itália. Em 2009, ele correrá na equipe principal, a Red Bull Racing, que conta com motores Renault. No entanto, o antigo co-proprietário, apontado pela mídia especializada como um dos responsáveis pelo bom desempenho, deve seguir como parceiro. De acordo com Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull, Berger se mantém na escuderia com a transportadora da sua família. ?A Red Bull agora irá dirigir a Toro Rosso sozinha, embora se mantenha parceira da Berger Logistik?, disse o empresário. O austríaco, no entanto, não parece muito animado com as possibilidades. Em entrevista ao site da revista “Autosport”, Berger explicou porque deixou o comando da Toro Rosso, e foi no caminho contrário do dono da Red Bull. “As novas regras não dão espaço para melhorias em uma equipe pequena, como a Toro Rosso. E também, o interesse de Dietrich [Mateschitz] estaria na Red Bull, então o apoio para nós seria menor, e isso impediria a equipe de melhorar o sexto lugar de 2008. Eu não quero decair, essa não é minha natureza”, disse Gerhard Barger. Atualizada às 16h11