Cercados de polêmica no início da semana, os possíveis novos uniformes do Vasco para a temporada 2009 foram, sim, planejados para servirem como opções principais para a próxima temporada. A repercussão negativa das inovações dos modelos divulgados, no entanto, fez a gestão de Roberto Dinamite recuar, segundo apurou a Máquina do Esporte com fontes ligadas às tratativas entre empresa e clube. A versão da Champs, fabricante do material, alinhada com a da diretoria do Vasco, é de que os novos desenhos, que trazem inovações na quantidade de estrelas do escudo e na ausência da tradicional faixa diagonal, serviriam como terceiro e quarto uniformes. Nessas condições, teriam sido aprovadas pela presidência e pelo departamento de marketing apenas para causarem estardalhaço na imprensa. ?Essas duas camisas foram cotadas para criarem impacto mesmo. Tem duas camisas que vamos divulgar nos próximos dias e que serão as primeiras. O Vasco quis renovar, soltou duas para impacto e para que, no futuro, o torcedor tenha livre escolha?, disse Mari Leandrini, dona da empresa paulista. O clube se escora na desinformação dos jornalistas. De acordo com José Henrique Coelho, vice-presidente de marketing, o Vasco anunciou apenas suas três novidades na última sexta-feira, quando a parceria com a Champs foi anunciada. “Para ser sincero, eu só disse que iam ter três camisas naquela vez, sendo que uma era da torcida. Ninguém me perguntou se elas eram diferentes ou não, então também não falei. Quando divulgamos os desenhos inovadores, publicamos que a Champs continuaria a fazer as tradicionais”, disse o dirigente. A Máquina do Esporte apurou, no entanto, que o projeto inicial era utilizar as camisas como opções principais, mas a reação negativa da torcida e de opositores, entre eles o ex-presidente Eurico Miranda, fez a atual gestão voltar atrás na decisão. Logo após o lançamento, que contou com nota no site do clube e liberação de imagens para veículos de comunicação, os modelos passaram a ser alvos de protesto. O ex-presidente Eurico Miranda, em seu programa “Casaca”, na Rádio Bandeirantes, foi um dos primeiros a se manifestar contra. ?Isso não passa. Isso vai ter ação própria. Não vão tirar. A cruz-de-malta e a faixa do Vasco não vão tirar. Não pensem que eles conseguirão fazer essas coisas impunemente?, disse o ex-dirigente. ?O que estão fazendo com o Vasco é que estão acabando com tudo, com a estrutura. Eles estão destruindo o clube em tudo, até nas suas tradições, nas suas origens, nos seus símbolos. Quando você vem com negócio de mudar a camisa, botar risca na camisa, não está certo. É o Vasco ou o Atlético Mineiro??, provocou. Durante a semana, o vice-presidente de marketing, José Henrique Coelho, chegou a comentar as declarações contrárias às camisas tratando o Vasco como um clube ?fashion?, dando a entender que tinha intenção de usar os uniformes como opções principais.