Com o intuito de proporcionar uma economia superior a R$ 5 milhões, o conselho deliberativo do Vitória decidiu na noita da última segunda-feira acabar com a sociedade anônima (S.A.) do clube, criada em 1998. Com isso, o time baiano passará a ter como única unidade administrativa o Esporte Clube Vitória. O modelo administrativo baseado em uma S.A. foi criado em 1998, ano em que o Vitória se associou aos investidores argentinos do Exxel Group. O parceiro prometeu injetar US$ 18 milhões no clube naquela época, mas entregou apenas US$ 13 milhões e cortou o restante com alegação de uma crise financeira em seu país de origem. A parceria foi desfeita posteriormente, mas o Vitória manteve sua administração baseada em uma sociedade anônima. A situação começou a mudar em 2004, quando o clube era presidido por Paulo Carneiro e começou a recomprar as ações do Exxel Group. Na última segunda-feira, em reunião do conselho deliberativo, ficou decidido que o Vitória fará um pagamento parcelado por um ano do passivo da sociedade anônima, que gira em torno de US$ 3,5 milhões (R$ 8,26 milhões). A mudança administrativa implicará em uma economia de R$ 5 milhões ao Vitória somente com inscrições em campeonatos. Além disso, o clube rubro-negro projeta uma economia de 33,25% no pagamento de impostos. Com o fim da sociedade anônima, o ex-presidente do grupo, Jorge Sampaio, passará a ser vice-presidente executivo de futebol. Além da gestão da modalidade profissional e das categorias de base, essa área engloba o departamento de marketing.