Excluídos do processo de financiamento de dívidas públicas que antecedeu a criação da Timemania, os clubes sociais podem ser incluídos no projeto em breve. Reivindicação antiga da Confederação Brasileira de Clubes (CBC), a alteração já foi aceita pelo Ministério do Esporte, que preparou uma minuta com alteração no projeto de lei e deve enviá-la para o Ministério da Fazenda já em fevereiro. ?Nós vamos propor o parcelamento das dívidas com as mesmas condições para a inclusão na Timemania, mas sem a entrada na loteria, que é só para o futebol?, disse Alcino Rocha, presidente da comissão da Lei de Incentivo ao Esporte, que representou o Ministério do Esporte no lançamento do Conselho dos Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (Confao), que aconteceu na última terça, na sede do Pinheiros, em São Paulo. A benesse que está sob o comando de Rocha, aliás, é o principal objetivo das agremiações. Uma vez que a Lei de Incentivo ao Esporte só aprova projetos de proponentes que não tenham débitos com o poder público, o refinanciamento de dívidas sanaria o problema para grande parte das instituições. Atualmente, apenas a nata do setor, composta de clubes como Pinheiros e Minas Tênis, consegue captar recursos. ?Também precisamos do financiamento para os clubes sociais, que hoje é só para o futebol, para termos acesso?, disse Arialdo Boscolo, presidente da CBC. ?Pedimos uma medida provisória para os clubes sociais também. Da maneira como está é injusto conosco?, disse Sérgio Bruno Zech Coelho, presidente do Minas Tênis e do Confao. O Ministério do Esporte não sabe avaliar, no entanto, o quão moroso será o processo. Ao entregar o pedido à Fazenda, a pasta comandada por Orlando Silva Jr. termina a sua participação no processo.