Desde o início deste mês, o Banco Português de Negócios (BPN) tem aparecido frequentemente na mídia lusitana em função de denúncias de irregularidades. Preocupado com os resultados dessas acusações, o jogador Luís Figo, de 36 anos, resolveu que não renovará seu contrato com a instituição financeira. O vínculo de Figo com o BPN tem validade até o fim deste ano. O jogador português da Inter de Milão, melhor do mundo em 2001, tinha contrato com a instituição financeira desde 2000 e chegou a controlar 2% das ações da companhia. Miguel Macedo, empresário de Figo, confirmou em entrevista coletiva que o acordo não será renovado. O agente admitiu que o BPN tem cumprido tudo que foi acertado com o atleta, mas considerou que a associação a uma marca denunciada pode ser prejudicial à imagem do jogador. As acusações ao BPN têm como mote as contas oficiais. A instituição pagava salários de gestores em dinheiro vivo para facilitar alterações em seus balanços e diminuir a carga tributária. O treinador Luiz Felipe Scolari também teve ligação com o BPN. Enquanto ele foi comandante da seleção portuguesa, a instituição pagou um terço dos salários do brasileiro.