O tema do último painel do fórum sobre a Copa do Mundo realizado pela Escola Superior de Marketing e Propaganda era o modelo dos estádios modernos, mas mesmo assim o assunto mais polêmico do marketing esportivo entrou na pauta. Mais uma vez em um evento do mercado, a emissora carioca foi criticada pela sua postura de não citar o nome dos patrocinadores durante a transmissão. ?Eles falam que é uma espécie de merchandising, mas a gente sabe que isso é um absurdo. Na realidade, os clubes precisam se organizar e cobrar da Globo. ?Você quer cobrar os direitos do Brasileiro? Vai ter de falar o nome dos patrocinadores??, disse Mauro Holzmann, ex-diretor de marketing do Atlético Paranaense e do Clube dos 13 e atual diretor da Traffic Sport para arenas esportivas. O tom de crítica à prática da maior emissora do país também passou pelas falas de Vicente Criscio, diretor de planejamento do Palmeiras, e Robert Alvares Fernandes, pesquisador de marketing aplicado ao esporte da ESPM. A resposta, no entanto, havia sido dada horas antes, durante a entrevista coletiva de Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esporte, após o painel sobre comunicação no Mundial. ?Tem dois aspectos, o comercial e o editorial. A Globo vende espaço em sua grade e espaços de merchandising, e se eu falar o nome do patrocinador no ar eu estou oferecendo o produto sem cobrar. Além disso, o nosso jornalismo tem a política de não falar marcas para se manter isento?, disse o executivo. Na semana passada, a Globo foi colocada em xeque após a saída do Finasa do vôlei. Entre outras coisas, a instituição financeira retirou seu investimento devido à política do canal, que rebateu dizendo não acreditar nesse motivo.