Em uma reunião da Comissão de Turismo e Desporto da C”mara dos Deputados, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) abriu, pela primeira vez, as contas do projeto do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016. Além de admitir um gasto público de R$ 80 milhões somente com a candidatura, Carlos Arthur Nuzman, presidente da entidade, prevê um investimento de R$ 28 bilhões caso a capital carioca seja escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Desse montante, cerca de R$ 5,6 bilhões serão destinados à parte técnica, valor 23,2% superior aos gastos do Pan. A competição continental, realizada em 2007, deveria servir de preparação para os Jogos Olímpicos, mas terá grande parte de seus aparelhos esportivos escanteados pela magnitude do principal evento esportivo do mundo. Segundo o COB, o poder público seria responsável por 24% dos investimentos, contra 45% da iniciativa privada e 31% de vendas de imagens e licenciamentos. Já o governo teria de arcar com R$ 23 bilhões referentes à construção de uma infra-estrutura adequada. A estimativa da entidade é superior àquela levantada pela Máquina do Esporte para a Copa do Mundo, de R$ 18 bilhões. De acordo com Nuzman, o COI deverá repassar cerca de US$ 1 bilhão (R$ 2,03 bi) para o Comitê Organizador.