O jogo entre Inglaterra e Andorra, válido pelas Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo, pode ser disputado diante de um estádio Wembley vazio. Em decorrência de uma greve de funcionários de trens e metrô, a Federação de Futebol (FA, em inglês) pode fechar as portas do local, em medida que lhe custaria pelo menos 500 milhões de libras (R$ 1,5 milhão). A decisão ainda não tomada em definitivo. O impasse tem origem no sindicato de trabalhadores de três e metrôs de Londres, que pedem um reajuste de 5%. Como não foram atendidos até o momento, os insatisfeitos prometem uma paralisação de 48 horas, que se inicia às 19h local e deve inviabilizar grande parte do transporte urbano. ?Seguindo as indicações do sindicato, tomamos a decisão de paralisar a venda de ingressos para o jogo. Nós estaremos monitorando a situação de perto e esperamos que as entradas possam ficar disponíveis novamente?, disse a FA, em nota oficial. Caso a greve seja mantida, a entidade deve perder pelo menos 20 mil bilhetes, de um total de 66 mil, que ainda não foram vendidos para o confronto. Além disso, a ausência da estrutura de transporte pode fazer os órgãos responsáveis fecharem os portões de Wembley, para evitar uma aglomeração nos meios não-convencionais. Neste caso, o rombo nos cofres da FA pode ser ainda maior. Estima-se que o processo de devolução do restante dos ingressos custe 1,1 milhão de libras (R$ 3,5 milhões), elevando o custo para 1,6 milhão de libras (R$ 5 milhões). Nada disso, porém, está definido. Um porta-voz do transporte público londrino, por exemplo, condenou a ação do sindicato. ?Ela é baseada em uma demanda irreal de aumento neste clima de crise financeira?, disse o representante da Transport for London (TfL), em entrevista à “BBC”. A FA, por sua vez, afasta a possibilidade de um jogo sem público. ?É lógico que a ida e a volta do jogo serão comprometidas, e nós estamos muito desapontados com esse inconveniente que foi criado. Mas o jogo começará no horário marcado, e não vamos ter portões fechados?, disse Ian Watmore, chefe-executivo da FA, ao jornal “The Sun”.