Para fugir da concorrência do futebol e garantir um espaço privilegiado na grade da TV Globo, a grande final do Novo Basquete Brasil (NBB) aconteceu na manhã do último domingo. O horário, incomum para o esporte, pode virar regra no segundo ano do torneio, já que agradou os organizadores. ?Eu estou muito satisfeito, e nós vamos olhar muito esse lado nas futuras programações. Se eu fiz isso no primeiro ano e consegui colocar na TV aberta, é fantástico?, disse Kouros Monadjemi, presidente da Liga Nacional de Basquete. A transmissão do título do Flamengo não foi completa. Após a Maratona Caixa do Rio de Janeiro, o programa ?Esporte Espetacular? exibiu parte dos dois últimos períodos do confronto. Naquele momento, o basquete venceu uma disputa interna na emissora, que deixou de exibir o fim do segundo tempo de Espanha e África do Sul, na disputa pelo terceiro lugar da Copa das Confederações. O espaço na TV aberta, no entanto, não seria o principal responsável pela mudança do horário da partida, que naturalmente aconteceria no fim da tarde ou à noite. Monadjemi alega que a rodada do Campeonato Brasileiro, que previa um clássico entre Flamengo e Fluminense, e a final da Copa das Confederações, entre Brasil e Estados Unidos, fizeram a diferença. ?Esses pontos é que temos de analisar. Aqueles que acham que às 10h não tem público viram que tinham quase 16 mil pessoas na Barra da Tijuca [no HSBC Arena]. É lógico que a mídia ajuda, mas se você tem um produto que desperta interesse, tem de facilitar para que ele não seja canibalizado?, disse Monadjemi.