A idéia de Bernie Ecclestone de inserir um Grande Prêmio noturno no calendário da Fórmula 1 parece não agradar o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley. Nesta terça-feira, o dirigente pediu cautela antes de optar pela inovação. “Não podemos subestimar a logística, a quantidade de luz necessária para garantir a cobertura da TV e o custo da organização”, disse o inglês, que espera um relatório com as recomendações do Comitê de Segurança antes de tomar qualquer decisão. As declarações de Mosley ganharam eco na voz do bicampeão Fernando Alonso. O espanhol disse que a realização da corrida noturna seria impossível. “Estamos mudando as curvas de Barcelona para melhorar a segurança e agora querem corridas à noite, com linhas brancas, possibilidade de chuva e tantas outras coisas que podem atrapalhar. Não vai dar”, afirmou o piloto. As polêmicas envolvendo o GP noturno começaram em março quando o primeiro-ministro de Victoria, Steve Bracks, afirmou que a cidade de Melbourne, principal candidata a sediar a prova, só realizaria em troca de um bom retorno financeiro. Bracks disse que seria preciso analisar o potencial mercadológico para a corrida noturna antes de dar início ao projeto.