Algumas das ações de mais sucesso do marketing do São Paulo nos últimos anos, como as camisetas 5-3-3 e 6-3-3, faziam alusão a títulos conquistados e à soberania da equipe no futebol nacional. Nesta temporada, porém, o clube tricolor foi eliminado da Copa Libertadores e do Campeonato Paulista, além de ocupar apenas a 14ª posição do Campeonato Brasileiro. Essa queda de rendimento já desperta preocupação sobre o potencial de venda da equipe para as próximas temporadas. ?Nós temos a maior receita do futebol brasileiro, mas é claro que estamos preocupados. O futebol é nosso core business. E quando as coisas não vão bem no futebol, nada vai bem. O humor muda?, admitiu Júlio Casares, vice-presidente de comunicação e marketing do São Paulo, que depois tentou mostrar confiança em uma mudança de quadro: ?Estamos iniciando um trabalho novo com o Ricardo Gomes, e temos certeza de que as coisas vão se acertar. Os resultados são consequência de um esforço coletivo, e isso está sendo feito?. O dirigente tricolor explicou que o departamento de marketing do clube trabalha de uma forma independente, tentando minimizar os efeitos dos resultados sobre o potencial de venda do time. No entanto, nem sempre essa situação é totalmente real. ?A normalidade do resultado ajuda qualquer ação de marketing, mas nós não podemos esperar que isso aconteça. Precisamos continuar trabalhando, pensando em formas de o clube crescer como um todo. Os resultados logo vão mudar?, projetou Casares. O maior desafio do marketing do São Paulo no atual momento é mostrar foco no futebol. O clube tem convivido com críticas sobre sua diretoria estar mais preocupada com reformas no Morumbi, estádio que postula o direito de realizar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014. ?Basta você lembrar que fomos campeões da Libertadores em 2005, e três dias depois inauguramos o CT de Cotia para as categorias de base. Se não ficamos divididos naquela época, não vamos ficar agora. Continuamos focados no São Paulo como um todo?, finalizou o vice-presidente tricolor.