Com 88 votos a favor e um contra, o belga Jacques Rogge foi reeleito nesta sexta-feira à presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI) até 2013, prazo máximo que pode permanecer no cargo segundo a Carta Olímpica. Na eleição, realizada em Copenhague, na Dinamarca, não havia mais candidatos. Aos 67 anos, o dirigente assumiu a entidade em 2001, depois que o espanhol Juan Antonio Samaranch deixou o cargo. O primeiro mandato foi de oito anos, renovável por mais um período olímpico. “Ainda há muito por faze. Estreitaremos as diferenças esportivas entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, e entre os homens e as mulheres. Redobraremos nossos esforços para pôr o esporte ao serviço da humanidade, para inspirar por igual a jovens e idosos, para dar aos atletas a oportunidade de dar exemplo”, disse o presidente reeleito do COI. Formado em Medicina, com especialidade em cirurgia ortopédica, Rogge iniciou suas atividades esportivas no iatismo, modalidade pela qual representou seu país nos Jogos Olímpicos de 1968, 1972 e 1976, além de ter jogado na seleção belga de rúgbi. A carreira como dirigente foi iniciada em 1989, no Comitê Olímpico Belga. No mesmo ano, Rogge assumiu o Comitê Olímpico Europeu, onde ficou até 2001. Sob seu comando, o COI iniciou um projeto para viabilizar a candidatura a sede dos Jogos Olímpicos por parte de países menos desenvolvidos, com políticas de redução de custos e complexidade, e levantou a bandeira de toler”ncia zero contra o doping. Na esfera dos negócios, Rogge ajudou a entidade a aumentar sua receita por patrocínio de US$ 663 milhões no ciclo olímpico concluído em Atenas-2004 para US$ 883 milhões no período encerrado nos Jogos de Pequim, em 2008.