O banco Santander anunciou que vai encerrar, depois da temporada 2009/2010, o aporte de capital que faz ao vôlei de São Bernardo. A decisão iniciou uma corrida na cidade, com prefeitura e Brasil Vôlei Clube atuando na captação de empresas para um novo patrocínio. E como o município descartou investir na equipe, a continuidade do projeto a partir da próxima temporada está diretamente condicionada ao sucesso dessas negociações. Na última quinta-feira, no evento em que oficializou o fim da parceria, José Montanaro Júnior, gerente da equipe, foi acompanhado por Luiz Ferrarezi, secretário de Esportes de São Bernardo. Juntos, os dois falaram sobre as perspectivas para o vôlei na cidade e até cogitaram um incremento no projeto. Ferrarezi ainda falou que a prefeitura está trabalhando para manter o time de vôlei, que teve apoio do Santander nos últimos 25 anos, e se comprometeu a ajudar na captação de novos parceiros. Contudo, a participação da prefeitura não passará disso. ?Eu não tenho esse dinheiro todo para investir no alto rendimento. Não faz parte das diretrizes da prefeitura destinar dinheiro público para uma equipe profissional. Acreditamos muito no projeto e na viabilidade comercial, mas não haverá continuidade se acontecer a catástrofe de não encontrarmos um substituto para o Santander?, avisou o secretário. Atualmente, o banco é responsável por custear toda a operação do vôlei profissional em São Bernardo. O orçamento da equipe fica em torno de R$ 6 milhões anuais, e a expectativa é conseguir um novo aporte que fique ao menos nessa base. Para facilitar as negociações e tentar antecipar um acerto, o Santander decidiu retirar ainda nesta temporada o logotipo das camisas do Brasil Vôlei Clube. Por conta disso, a equipe de São Bernardo vai abandonar o vermelho tradicional dos últimos anos, e adotará uma identidade mais ligada à cidade. O novo uniforme que a diretoria está desenhando será feito nas cores branco, preto e amarelo. ?Eu nem acho que o alto rendimento deva ser o fim de um aporte da prefeitura. Eles podem participar do projeto de outras maneiras, como um apoio para as escolas de vôlei que nós pretendemos criar, com transporte ou outros pontos. Precisamos de uma empresa que nos dê um suporte financeiro, que banque os custos do time. É isso que nós vamos buscar?, finalizou Montanaro.