O maior campeonato de futebol amador do mundo deixou de existir. Contudo, tornou-se mais oficial na edição 2009, lançada oficialmente na última segunda-feira. Após um ano de estiagem da competição que leva seu nome, a cervejaria Brahma decidiu voltar em um novo formato: em vez de organizar o torneio, apoiará a competição realizada pela Federação Paulista de Futebol. O primeiro impacto decorrente dessa mudança de política é a proporção do evento. A Taça Brahma teve 384 times em sua última edição, em 2007, e o Campeonato Paulista de futebol amador contará ?apenas? com 128 equipes. A estrutura mantém uma divisão em 32 bairros da cidade de São Paulo. ?A estrutura é basicamente a que vínhamos trabalhando na edição anterior do Campeonato Paulista de futebol amador. A diferença é mínima. Mas é claro que adicionamos um grande patrocinador, e isso nos mostra que estamos na direção certa?, disse Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol. A junção entre as duas competições (Taça Brahma e Campeonato Paulista) aproxima os organizadores de metas distintas. A FPF conseguiu aporte de capital para seu evento, a empresa ganhou um caráter mais oficial e a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, que apoiava o torneio da cervejaria, atribuiu legitimidade ao futebol amador. ?Nós não podemos mais errar com o futebol amador. Estamos trabalhando muito para a realização de uma competição de alto nível, e a colaboração da Federação Paulista de Futebol é muito importante para nós. Estamos dando um status diferente para o futebol amador?, afirmou o secretário municipal Walter Feldman. A apresentação do Campeonato Paulista de futebol amador foi marcada por esse tom de discurso. Enquanto Feldman tentava mostrar a preocupação de sua secretaria com o futebol amador, a Brahma reforçou a import”ncia da modalidade para seu plano de marketing. ?Esse campeonato tem um sabor especial para nós. Os atletas são verdadeiros guerreiros, que trabalham a semana inteira e dão a vida nos fins de semana para que seus times vençam os jogos. Isso é que é ser guerreiro. Isso é que é ser brahmeiro?, declarou Cristiane Ueda, gerente de trade da cervejaria. Quando organizava a Taça Brahma sem a Federação Paulista de Futebol, a Brahma tinha exclusividade nos bares de todas as equipes envolvidas. Nesta edição, o formato de comercialização de bebidas nos jogos ainda não foi divulgado.