A Fifa anunciou que obteve uma receita recorde de US$ 7,5 bilhões no último quadriênio (2019-2022) com acordos comerciais vinculados à Copa do Mundo do Catar 2022. A entidade revelou que o faturamento é US$ 1 bilhão a mais do que a arrecadação vinculada à Copa do Mundo da Rússia 2018. Segundo a federação, as despesas no período foram de US$ 6,5 bilhões, gerando, assim, um lucro de US$ 1 bilhão, que entrou em seu fundo de reserva.
A receita extra foi impulsionada por acordos comerciais com o país-sede da Copa do Mundo. A Qatar Energy, empresa petrolífera estatal, ingressou como parceira da Fifa, e novos patrocinadores regionais, que incluem o banco QNB do Catar e a Ooredoo, multinacional de telecomunicações do país, também fecharam. A Fifa ainda acertou contrato com a plataforma de blockchain Crypto.com como patrocinadora da Copa do Mundo.
Os principais acordos de transmissão para a Copa do Mundo deste ano foram assinados ainda durante a presidência de Joseph Blatter em contratos que incluíram as edições na Rússia e no Catar. Eles incluíram acordos com a Fox nos Estados Unidos e com a rede catariana BeIN Sports, em 2011.
As receitas da Fifa aumentaram apesar da pandemia de Covid-19. A federação estava preparada para usar parte desse dinheiro para ajudar as federações filiadas durante as incertezas de 2020, quando o futebol ficou paralisado, incluindo os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.
Para o novo ciclo (2023-2026), as receitas devem se aproximar de US$ 10 bilhões, graças a uma nova estratégia financeira para gestão do futebol feminino e à expansão da Copa do Mundo de 2026, que pela primeira vez será realizada em três países (Estados Unidos, Canadá e México).
No feminino, a Fifa optou por vender cotas de patrocínio separadamente do masculino para a Copa do Mundo de 2023, que será realizada na Austrália e na Nova Zelândia. Já o torneio masculino deverá ganhar mais patrocínios, especialmente os regionais, com o aumento do número de participantes de 32 para 48 seleções a partir de 2026.
Por enquanto, a Fifa tem várias cotas a serem vendidas, com apenas poucos parceiros comerciais de primeira linha, como Coca-Cola, Adidas e Grupo Wanda, com contratos válidos até o novo ciclo.