As receitas da Fórmula 1 em 2023 aumentaram 25% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 3,2 bilhões, segundo o balanço da categoria, divulgado nesta semana. O faturamento do quarto trimestre da última temporada foi de US$ 1,23 bilhão, o que representa um aumento de 63% em relação a 2022.
Com esses resultados, o lucro operacional da principal categoria do automobilismo mundial foi de US$ 153 milhões no quarto trimestre. Houve um aumento de 164% no último trimestre do ano. Em 2023, a F1 teve lucro de US$ 392 milhões ou crescimento desse índice em 64%.
Os pagamentos feitos às equipes aumentaram para US$ 1,2 bilhão na temporada, embora isso represente uma redução no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
Engajamento
Segundo os números da Liberty Media, dona dos direitos comerciais da F1, a participação dos torcedores nas corridas aumentou 5%, chegando a 6 milhões. E o número de seguidores da F1 nas redes sociais chegou a 70,5 milhões em 2023.
“Em 2023, tivemos outra temporada incrível para a Fórmula 1. Houve um forte envolvimento em todas as plataformas, com recorde de participação nas corridas, e a F1 mantendo a sua posição como a liga que mais cresce nas redes sociais pelo quarto ano consecutivo”, afirmou Stefano Domenicali, presidente e executivo-chefe da Fórmula 1.
No entanto, a audiência global da categoria nas plataformas de mídia teve queda de 2,5%, chegando a 1,5 bilhão de telespectadores.
Receitas
Houve um grande aumento de receita com acordos comerciais, tendo como trunfo o GP de Las Vegas. Só no quarto trimestre, com a estreia da prova no estado de Nevada, a terceira dos Estados Unidos no calendário, houve um crescimento de 63% na arrecadação.
“A F1 viu um crescimento contínuo de fãs, especialmente no mercado dos EUA, fortalecido pelo sucesso do Grande Prémio de Las Vegas, e através de um público mais jovem e feminino”, afirmou o principal executivo da categoria.
Analisando a receita total da série de propriedade da Liberty Media em 2023, os principais geradores de receita foram as taxas de cada etapa do campeonato (US$ 944,05 milhões), direitos de transmissão (US$ 1,04 bilhão) e patrocínios (US$ 579,96 milhões).
Vários acordos foram renovados no final do ano, incluindo um contrato de dez anos com Madri (Espanha), e extensões de compromissos para os GPs da Inglaterra, do Japão e de São Paulo.
Entre os contratos de direitos de transmissão fechados recentemente, destaque para o acordo de dez anos com a BeIN Sports para a região do Mena (Oriente Médio e norte da África) e Turquia. Porém, a segunda queda anual de audiência televisiva do campeonato preocupa os executivos da categoria. Houve também renovação, por período não divulgado, do contrato de patrocínio com a DHL.
A temporada 2024 da F1 começa neste fim de semana, com o GP do Bahrein, que acontece a partir desta sexta-feira (1º) até o domingo (3).