A guerra de pneus está de volta à principal categoria do automobilismo mundial, mesmo que, provavelmente, apenas longe do asfalto. Isso porque a Bridgestone tentará desbancar a Pirelli do status de fornecedora oficial de pneus da Fórmula 1 a partir de 2025. As informações são da rede britânica BBC Sport.
De acordo com a publicação, a marca japonesa colocou uma proposta na mesa recentemente, após a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), órgão que comanda a F1, ter lançado, em março, uma licitação justamente em busca de propostas para a temporada de 2025. O acordo será fechado por três anos, com possibilidade de acréscimo de mais uma temporada.
Vale lembrar que a Bridgestone foi fornecedora de pneus da Fórmula 1 de 1997 a 2010, quando decidiu se retirar da categoria. A partir de 2011, quem assumiu a função de maneira exclusiva foi a Pirelli, que também já fez uma proposta para continuar.
Agora, ao que tudo indica, as duas marcas serão rivais no processo de escolha, que deverá levar ainda alguns meses para ser concluído. Segundo a BBC Sport, há um corpo diretivo realizando uma avaliação técnica das duas propostas.
A princípio, tanto Bridgestone como Pirelli já podem iniciar negociações comerciais com a Fórmula 1. Enquanto os italianos são taxativos ao afirmar que têm interesse de se manter na categoria, os japoneses desconversaram sobre o fato de querer voltar.
“Acabamos de receber a confirmação da FIA de que fomos aprovados como licitante e podemos iniciar as negociações com a F1. Não é nenhum segredo que queremos continuar a fornecer um pneu que esteja de acordo com as expectativas de todas as partes interessadas”, disse Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli.
“A Bridgestone tem uma herança de 60 anos no automobilismo e somos parceiros em muitos eventos de automobilismo. Continuaremos avançando e refinando nossas tecnologias por meio de corridas em todo o mundo que exigem desempenho de pneus de alto nível. A F1 é considerada uma das várias opções”, declarou a Bridgestone, em comunicado oficial.
Nos bastidores, não há indícios de que as duas marcas possam fazer parte da Fórmula 1 ao mesmo tempo. A última vez que duas fornecedoras estiveram duelando nas pistas da categoria foi em 2006, quando Michelin e Bridgestone tinham contrato com a F1. Ou seja, é provável que, dessa vez, a guerra fique longe do asfalto, com apenas uma das duas concorrentes alcançando o objetivo.