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Fórmula E renova com FIA e garante exclusividade para carros elétricos até 2054

Liberty Global, que se tornou acionista majoritária de categoria em 2024, projeta expansão de base de fãs nos próximos anos

Alejandro Agag (presidente do Conselho da Fórmula E), Mohammed Ben Sulayem (presidente da FIA) e Jeff Dodds (CEO da Fórmula E), em Londres - Divulgação

Alejandro Agag (presidente do Conselho da Fórmula E), Mohammed Ben Sulayem (presidente da FIA) e Jeff Dodds (CEO da Fórmula E), em Londres - Divulgação

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Liberty Global, controladora da Fórmula E desde 2024, assinaram um acordo que estende a exclusividade do Campeonato Mundial de Fórmula E até 2054.

“A renovação do contrato é um resultado fantástico para o esporte e um reflexo claro da nossa estratégia de fortalecer parcerias comerciais e impulsionar o valor a longo prazo em todas as facetas do automobilismo”, afirmou Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA.

O contrato garante que a Fórmula E continue sendo a única categoria de monopostos totalmente elétricos sancionada pela FIA, bloqueando o surgimento de concorrentes diretos.

Teoricamente, isso significa que, se num futuro próximo a Fórmula 1 decidir abandonar os combustíveis fósseis e favor dos carros elétricos, algo positivo em termos de sustentabilidade, não terá o aval de categoria oficial da FIA.

“Esta extensão de longo prazo nos permite continuar construindo a marca, investindo no produto e oferecendo algumas das corridas mais cativantes que nos tornaram famosos”, diz Jeff Dodds, CEO da Fórmula E.

Expansão

A extensão ocorre um ano após a Liberty Global (não confundir com Liberty Media, dona da F1 e da MotoGP) adquirir o controle acionário da Fórmula E, ao comprar a participação da Warner Bros. Discovery no negócio. Com 65% das ações, a empresa se tornou a acionista majoritária da categoria em junho de 2024.

“Acreditamos na Fórmula E desde o primeiro dia, e esta extensão reafirma nossa confiança no rumo que ela está tomando”, afirma Mike Fries, CEO da Liberty Global.

“Com o apoio da FIA, podemos dar os próximos passos, expandir o esporte, aumentar a base global de fãs e continuar a ultrapassar os limites do que as corridas elétricas podem alcançar”, acrescentou o executivo.

Com 11 equipes e 22 pilotos, a Fórmula E corre em cidades como Mônaco, Tóquio, Londres e São Paulo, local da etapa de abertura, em dezembro.

Segundo números divulgados pela categoria, a audiência global das transmissões na TV gira em torno de 500 milhões de pessoas, com cerca de 400 milhões de fãs. A Fórmula E também é reconhecida por suas iniciativas em prol da sustentabilidade ambiental, sendo uma competição com pegada de carbono zero desde a sua fundação.