A Fórmula E retificou os termos de acordo com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que havia divulgado na manhã desta sexta-feira (25).
Inicialmente, a categoria tinha informado que renovara com a entidade até 2054 e teria estendido para o período a “exclusividade” de ser a única categoria de monopostos totalmente elétricos reconhecida pela federação que comanda o esporte a motor no planeta.
Não era bem isso. No final da manhã, os termos foram corrigidos. A renovação do contrato foi reduzida em seis anos, até 2048. O atual acordo, que termina em 2038, foi prorrogado por mais dez temporadas, e não 16, como havia sido divulgado inicialmente pela categoria. Dá para levar mais a sério esse novo comunicado, pois o mesmo texto consta no site da FIA.
Perda de status
A Fórmula E também perdeu o status de “categoria exclusiva de monopostos 100% elétricos”, como literalmente afirmou em seu comunicado inicial.
Na prática, isso queria dizer, nos termos divulgados anteriormente, que se Fórmula 1 decidisse abolir os combustíveis fósseis nos próximos anos, em favor dos carros elétricos, algo positivo em termos de sustentabilidade, não teria mais o aval de categoria oficial da FIA.
Segundo o novo comunicado da Fórmula E, o campeonato será reconhecido pela federação internacional como o “principal campeonato mundial de automobilismo elétrico”.
Jogo de erros
O comunicado inicial da Fórmula E foi tornado público às 8h (horário de Brasília), 13h de Paris, sede da FIA. No entanto, alguns veículos europeus já haviam antecipado a história, com apuração que, curiosamente, ia ao encontro do primeiro comunicado da Fórmula E, posteriormente corrigido.
Foi o caso da Motorsport, principal publicação do planeta na cobertura do esporte a motor, que provavelmente conseguiu vazar o comunicado da categoria antes de ele estar totalmente aprovado.
O site noticiou que a Fórmula E “anunciou um acordo que estenderá a exclusividade da FIA para carros totalmente elétricos no campeonato até possivelmente o final de 2053”. A data, nesse caso, não batia com o material de divulgação, que falava em 2054. Nem com o comunicado posterior, que corrigiu essa data para 2048.
Com os ajustes, a F1 poderia, teoricamente, optar por carros elétricos antes de 2048 e se manteria como campeonato oficial da FIA. Pelos termos divulgados agora pela Fórmula E, a F1 só não poderia ser considerada a “principal categoria” neste quesito, status que estaria garantido pela Fórmula E. Pelo menos até um novo comunicado da categoria.