A Superliga Chinesa (CSL) foi novamente interrompida devido à política de zero tolerância a casos de Covid-19 no campeonato. A interrupção acontece semanas após a liga ter voltado à normalidade. No total, 15 jogos foram adiados na semana passada, inclusive Wuhan Three Towns x Shandong Luneng, primeiro e segundo colocados na classificação geral.
Foi em Wuhan, aliás, que a pandemia de Covid-19 teve início. Desde o início da crise sanitária, a China adotou uma política de fechar cidades inteiras em questão de horas quando o número de casos aumenta. Com uma população de quase 1,4 bilhão de habitantes, o país teve apenas 5.226 mortos pela doença. Além disso, até o momento, os chineses já aplicaram 3,434 bilhões de doses de vacina, o que representa 2,43 doses por habitante.
Medidas sanitárias
No início da temporada da CSL, as partidas foram disputadas em polos para minimizar o risco de contaminação. Em julho, os clubes foram autorizados a sediar novamente os jogos em seus estádios. No entanto, com o aumento da contaminação, especula-se que a liga voltará a adotar a solução de realizar jogos em locais determinados.
A China desistiu de sediar a Copa da Ásia de 2023 justamente por causa da política de zero tolerância à doença. O campeonato doméstico, por sua vez, enfrenta turbulência desde o início da crise sanitária, impactando diretamente na situação financeira dos clubes.
No ano passado, o Jiangsu encerrou suas atividades apenas alguns meses depois de ter sido coroado campeão da Superliga Chinesa de 2020. O Chongqing Liangjiang Athletic saiu da CSL e encerrou as operações em maio por causa do aumento das dívidas.
A CSL é uma das poucas ligas que manterá atividade durante a Copa do Mundo do Catar 2022, em novembro e dezembro. A medida será tomada para conseguir finalizar o campeonato, que já havia sido interrompido no meio do ano para que a seleção chinesa disputasse o Campeonato do Leste Asiático, realizado no Japão. A China terminou em terceiro lugar, com uma vitória, um empate e uma derrota. O Japão foi o campeão.