O Arsenal, da Premier League, não tem planos de cancelar seu acordo de patrocínio com o Visit Ruanda para as mangas da camisa, apesar do impasse envolvendo o governo britânico, a Suprema Corte do Reino Unido e o governo de Ruanda.
O primeiro-ministro da Inglaterra, Rishi Sunak, propôs um plano polêmico para transferir requerentes de asilo que chegam ilegalmente ao Reino Unido para a nação do leste da África. No entanto, a Corte britânica decidiu, na última quarta-feira (15), que o plano, que não resultou em nenhuma deportação efetiva até o momento, era ilegal. A questão gerou muitas críticas, especialmente entre ONGs de direitos humanos, e respingou sobre o patrocinador do Arsenal.
Na decisão, foi estabelecido que Ruanda não poderia ser considerado um país seguro para o envio de requerentes de asilo, como argumentado pelo primeiro-ministro, devido ao risco de refugiados serem devolvidos aos países de onde haviam fugido.
Repressão
Apesar da derrota, o político assegurou que continuará impedindo a entrada de barcos pelo Canal da Mancha, que fica entre a França e a Inglaterra.
O Arsenal, por sua vez, se uniu pela primeira vez ao Conselho de Desenvolvimento de Ruanda (RDB, na sigla em inglês) em 2018 e renovou o acordo em 2021 por mais quatro anos, pelo valor de £ 40 milhões (equivalente a R$ 242 milhões, na cotação atual). Nesse contexto, o contrato entre o clube e a instituição deve permanecer vigente até 2025.
De acordo com o portal The Athletic, não são esperadas alterações no acordo entre Arsenal e Visit Ruanda. Tentando fugir da polêmica, o clube londrino afirmou que a parceria busca promover o turismo em um país em desenvolvimento, e não apoiar a liderança política da nação africana. No entanto, vale lembrar que o Visit Ruanda é uma divisão do RDB, que é um departamento do governo do país africano.