O Athletico-PR comunicou, nesta sexta-feira (12), a rescisão dos contratos do lateral-esquerdo Pedrinho e do meia Bryan García, por conta de uma possível ligação com o esquema de manipulação de jogos investigado pela Operação Penalidade Máxima II, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
Os jogadores aparecem em uma planilha de pagamentos descoberta após mandados de busca e apreensão. Os dois já haviam sido afastados desde quarta-feira (10), antes do jogo contra o Internacional. Eles não foram denunciados pelo MPGO nem se tornaram réus no processo.
“Comunicamos que na data de hoje foram desligados os atletas Bryan García e Pedrinho. O Club não se manifestará mais a respeito, inclusive por meio de seus profissionais, por entender que a questão deve ser tratada pelas autoridades competentes”, informou o Athletico-PR.
Valores
O desligamento acontece a dois dias do clássico contra o Coritiba. Curiosamente, o rival também afastou dois jogadores do elenco, o volante uruguaio Jesús Trindade e o atacante Alef Manga, também citados nas investigações.
O Furacão alegou valores do esporte para justificar o desligamento de Pedrinho e García.
“A integridade e a ética são valores irrenunciáveis ao Club Athletico Paranaense. Mais que um esporte, o futebol é manifestação cultural do nosso povo. E por isso, entendemos ser dever de todos, principalmente daqueles que praticam e orbitam o futebol, preservar e proteger este patrimônio, combatendo duramente toda e qualquer conduta que ameace sua dignidade e credibilidade”, afirmou o clube, em um comunicado divulgado em suas redes sociais.
Até o momento, o MPGO já tornou réus 16 pessoas que estariam envolvidas no esquema. Três delas estão presas. A pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Ministério da Justiça acionou a Polícia Federal para investigar o caso.