O Bayern de Munique não renovará seu patrocínio com a Qatar Airways após o término do contrato, nesta sexta-feira (30). O motivo é uma reação negativa dos torcedores, que não concordam com o tratamento dos direitos humanos no Catar, país-sede da empresa de aviação.
O atual campeão da Bundesliga era parceiro da companhia aérea do Catar desde 2018. A marca ficava estampada na manga esquerda do uniforme do clube, em um acordo de aproximadamente € 20 milhões por ano (cerca de R$ 104 milhões, na cotação atual).
Próximo da data da renovação, os torcedores do Bayern se manifestaram contra a parceria devido ao histórico de violações de direitos humanos do país árabe, incluindo o tratamento de migrantes que trabalharam em projetos de infraestrutura para a Copa do Mundo da Fifa de 2022.
Histórico
A questão já havia sido discutida durante a reunião geral anual do Bayern em novembro de 2021, resultando em trocas de farpas entre os torcedores e a diretoria. A reunião viu 77,8% dos membros do Bayern votarem a favor de o clube se alinhar aos “padrões internacionalmente reconhecidos de direitos humanos”, uma medida para encerrar o relacionamento do clube com a Qatar Airways.
Apesar disso, a diretoria do Bayern rejeitou o apelo dos membros, desencadeando uma reação negativa dos torcedores. O então diretor executivo do clube, o ex-jogador Oliver Kahn, afirmou que o Bayern tinha “critérios muito claros” para suas parcerias.
No entanto, Bayern de Munique e Qatar Airways optaram agora por não estender seu contrato de cinco anos além do final do mês. Ao anunciar a decisão, o clube elogiou “as conexões que o Bayern conseguiu estabelecer com seus torcedores no mundo árabe por meio da Qatar Airways”.
“Bayern e Qatar Airways trabalharam juntos com sucesso e aprenderam um com o outro”, disse Jan-Christian Dreesen, presidente do Conselho do Bayern.