O Botafogo se tornou, na última sexta-feira (13), o décimo clube fundador da Libra, que tenta ser a primeira liga formada pelos principais clubes de futebol do Brasil. O americano John Textor, principal acionista do clube, anunciou o acordo em uma foto tirada ao lado de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Julio Casares, mandatário do São Paulo.
“O Botafogo tem a honra de se juntar aos principais clubes do futebol brasileiro. Traçamos um caminho para posicionar a Libra entre as principais e mais competitivas ligas do mundo”, declarou Textor ao site oficial do clube carioca.
A assinatura do acordo faz com que a Libra ganhe o décimo representante, sendo o sétimo clube que atualmente está na Série A do Campeonato Brasileiro a aderir ao movimento. Os três clubes que já foram vendidos (Botafogo, Cruzeiro e Vasco) estão dentro da entidade. Além deles, a lista ainda conta com Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo.
“Fiquei impressionado com a recepção calorosa que recebemos de um grupo com grandes dirigentes do esporte nacional. Também fiquei surpreso com a mente aberta do grupo e suas novas ideias. Ficou óbvio que teríamos grande sucesso juntos em levar o futebol brasileiro de volta ao seu lugar de direito no mundo. Podemos lutar uns contra os outros em campo, mas seremos imbatíveis enquanto parceiros na construção de uma liga para deixar os brasileiros orgulhosos”, concluiu Textor, que em entrevista ao GE disse que o Botafogo tinha de se posicionar mais próximo dos clubes grandes.
“Acho que, da perspectiva do Botafogo, estamos sendo perguntados: você gostaria de sentar-se à mesa com os maiores clubes do Brasil, os que provavelmente continuarão a ser líderes, as grandes marcas do país, quando as pessoas pensam em futebol brasileiro?”, indagou o dono do clube, que completou dizendo que é preciso “sentar-se na mesa em que há poder e influência”.
Nesta segunda-feira (16), os 23 clubes que atualmente fazem oposição à Libra devem fazer uma reunião para discutir novamente uma proposta de renegociação das receitas. Há cada vez mais um entendimento entre os dirigentes de que a diferença entre o que eles pedem e o que a Libra oferece pode ser reduzida, como a Máquina do Esporte revelou na sexta-feira (13), antes de o Botafogo assinar o acordo.