CBF centraliza negociação do novo contrato de TV da Série B do Campeonato Brasileiro

 A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) centralizará as negociações sobre o novo contrato de direitos de transmissão da Série B do Brasileirão. O atual acordo vence no final deste ano.

Os 20 times que disputam a Série B atualmente e os quatro que subiram da terceira divisão (Mirassol, ABC, Botafogo-SP e Vitória) escolheram, em reunião na sede da CBF, no Rio de Janeiro, na semana passada, uma comissão de cinco clubes para participar das negociações. Chapecoense, CRB, Guarani, Sampaio Corrêa e Vitória foram os times escolhidos.

Desses, o Sampaio Corrêa é o único que ainda tem chance de subir para a Série A do Brasileirão em 2023. Já a Chapecoense ainda luta para não cair.

Imbróglio com liga

Segundo a Máquina do Esporte apurou, a CBF não definiu qual seria o período do próximo contrato. Ainda está sendo feita a formatação da proposta que será disponibilizada ao mercado.

Entre os clubes, há a ideia de que o novo acerto seja válido para 2023 e 2024 para casar com o fim do acordo de transmissão da Série A do Brasileirão com o Grupo Globo. Nesse caso, se houver o entendimento da formação de uma liga no futebol brasileiro, os 40 times poderiam negociar conjuntamente novos contratos de direitos de mídia e patrocínio a partir de 2025.

No entanto, se a CBF e os times optarem por um compromisso mais longo, irão minar a união dos clubes, já que não haveria negociação conjunta de direitos de transmissão de uma nova liga.

Atualmente, há uma divisão entre os 14 clubes da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e as 35 equipes da Liga Forte Futebol (LFF). Fazem parte da Libra: Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo e Vasco.

Por sua vez, aderiram à LFF: América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sampaio Corrêa, Sport, Tombense e Vila Nova. O Bahia é o único time, entre os 40 clubes das Séries A e B, que ainda não aderiu a nenhum dos lados.

Atratividade menor

De acordo com executivos de mercado ouvidos pela Máquina do Esporte, a Série B perderá atratividade a partir do ano que vem, já que os clubes de maior torcida que hoje disputam o torneio (Cruzeiro, Grêmio, Bahia e Vasco) devem ascender à primeira divisão.

Por outro lado, nenhum clube de massa deve cair para a Série B em 2023. Se o Brasileirão terminasse hoje, Cuiabá, Atlético-GO, Avaí e Juventude disputariam a segunda divisão no ano que vem.

Com isso, especula-se que a Globo não queira adquirir os direitos para todas as plataformas, ficando atraída apenas para a TV fechada, com exibição de jogos pelo Sportv, onde a Série B ajuda a preencher a grade com eventos ao vivo em dias em que não há partidas de outras competições, como às terças e sextas-feiras.

Novos players poderiam se interessar pelo evento, principalmente no streaming, plataforma em que o mercado tem estado bastante aquecido.

A IMG participou da reunião da semana passada e prometeu enviar proposta completa para, segundo a CBF, “viabilizar as estratégias destas negociações”.

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