Autenticidade e longo prazo. Para Frederico Pena, CEO da Roc Nation Sports Brazil, agência que gerencia as carreiras de grandes nomes do futebol brasileiro como Endrick, Vinicius Júnior, Lucas Paquetá e Gabriel Martinelli, entre outros, esses são dois fatores importantes para a construção da imagem de um atleta.
Em entrevista à Máquina do Esporte, o agente também rebateu a ideia de que a agência “influenciaria” nas ações de seus atletas para obter um melhor retorno de imagem, como foi levantado nas redes sociais durante a primeira apresentação da carreira de Endrick na seleção brasileira, em março deste ano, com o episódio das roupas usadas pelo jogador na ocasião e a semelhança com as de Pelé na época de atleta do Rei.
“Ah, vocês que vestiram ele, vocês que aconselharam ele a fazer isso e aquilo. Sempre tem a controvérsia, é a roupa do Endrick na seleção brasileira, é porque o Neymar tá fazendo a doação pro Rio Grande do Sul e está se mostrando”, disse Frederico Pena à Máquina do Esporte, durante o Sports Summit 2024.
“‘Ah, o cara está se promovendo’. Eu acho que tem que ser autêntico, e o tempo vai mostrar porque, se for autêntico, vai se manter a longo prazo. Se for uma coisa fabricada, falsa, aquilo vai durar pouco tempo, então nada como consistência, porque, se aquele cara tá sempre fazendo aquilo, não é possível que é uma coisa falsa”, completou o CEO da Roc Nation Sports Brazil.
Mercado Americano
Sede de diversos torneios de futebol nos próximos anos, como Copa América 2024, Mundial de Clubes 2025 e Copa do Mundo 2026, os Estados Unidos tendem a estar com os olhos cada vez mais atentos ao universo da modalidade, o que inclui uma provável maior conexão entre marcas, clubes e atletas.
No caso da Roc Nation Sports Brazil, a agência quer aproveitar as ocasiões em que seus atletas estarão no país, seja com a seleção brasileira ou em eventos de pré-temporada com os clubes europeus, para criar uma sinergia mais forte com o mercado americano.
“É um mercado gigante, um mercado consumidor enorme e um mercado em termos de influência cultural muito grande, então o atleta, quando ele consegue entrar no mercado americano, ele acaba tendo uma influência global maior. E o nosso trabalho é fazer isso, lógico, aproveitando essas oportunidades de calendário, seja pela seleção brasileira, seja pelo clube”, finalizou Frederico Pena.
*Estagiário da Máquina do Esporte, sob supervisão de Adalberto Leister Filho