A Associação Chinesa de Futebol (CFA) alertou que os clubes que não quitarem todas as folhas de pagamento até 31 de dezembro serão rebaixados ou expulsos da Superliga, equivalente à primeira divisão do país.
Em 2020, a entidade expulsou o Liaoning Hongyun, que dominou a primeira divisão na China de meados da década de 1980 a meados da década de 1990, depois que o clube não forneceu evidências às autoridades de que havia pagado suas dívidas e quitado os salários dos funcionários. Os clubes da liga inferior Guangdong South China Tigers, Sichuan Longfor e Shanghai Shenxin também foram punidos.
De acordo com a nova diretiva, os clubes devem pagar ao menos 30% de seus atrasos totais até 31 de julho, não menos que 70% até 31 de outubro e todos os salários não pagos até 31 de dezembro. Se não cumprirem o prazo até o final do ano, os clubes serão expulsos .
Aqueles que não pagarem ao menos 30% dos atrasados até 31 de julho serão proibidos de registrar novos jogadores na segunda janela de transferências da temporada 2022 e sofrerão punição de três pontos no campeonato. Aqueles que pagarem menos de 70% do total atrasado até 31 de outubro perderão seis pontos na competição.
O plano foi anunciado depois que a CFA e o sindicato de futebol profissional da China convocaram clubes das três principais divisões para realizar uma reunião on-line no último domingo (3).
As regras coincidem com o início da nova Superliga Chinesa, que começará no final deste mês. Nos primeiros anos do torneio, os clubes gastaram quantias exorbitantes para atrair grandes estrelas internacionais, oferecendo acordos que nem mesmo os principais times da Europa conseguiam igualar.
Agora, o futebol chinês enfrenta uma enorme crise financeira com dívidas fora de controle, exacerbadas pela pandemia de Covid-19.