A Cimed, terceira maior companhia farmacêutica do país, anunciou que fará uma série de ativações ao patrocínio da seleção brasileira durante a Copa do Mundo Feminina, que será disputada de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia. A ideia é realizar uma série de ações com os torcedores, seguindo o exemplo do que foi feito com a seleção masculina durante a Copa do Mundo do Catar 2022.
“Nós fizemos um marketing diferente no Catar. Agora, por ser a Copa do Mundo que temos como obrigação buscar a primeira estrela, temos que acender esse orgulho do brasileiro e assistir não só à seleção masculina, como também à feminina”, afirmou João Adibe, presidente do Grupo Cimed, em entrevista à Máquina do Esporte.
“Vamos com força total para a Austrália, para justamente mostrar a força do nosso futebol”, completou o empresário, que escalou a irmã, Karla Marques, vice-presidente da companhia, para comandar as ações de marketing na Copa Feminina.
O primeiro passo dado pela Cimed foi a contratação da meia-atacante Debinha e da atacante Bia Zaneratto, ambas da seleção brasileira, além de Formiga, que disputou sete edições da Copa do Mundo pela equipe nacional. Debinha e Bia mostrarão em suas redes sociais os bastidores da preparação e da disputa da Copa do Mundo. Já Formiga cobrirá o Mundial como comentarista e mostrará a competição do ponto de vista de uma ex-jogadora da seleção.
“Fico feliz de ver esse movimento para ajudar o futebol feminino a crescer. Claro que não vou estar mais em campo. Mas minha expectativa é ver as meninas se divertirem. Acredito muito nesta nova geração”, afirmou Formiga.
“Vou estar do outro lado, comentando. Vou mostrar o lado positivo, mostrar a trajetória de cada uma, o que elas passaram para estar na seleção brasileira”, acrescentou a jogadora, de 44 anos, que deixou o São Paulo no ano passado e disse que ainda pretende atuar por mais uma temporada.
Torcida oficial
Além das atletas, a Cimed também patrocinará o Movimento Verde Amarelo, que terá representantes na torcida brasileira na Oceania e fará ações físicas e digitais no Brasil durante o Mundial.
“Já temos uma parceria, desde a última Copa do Mundo, com o Movimento Verde Amarelo, que é a torcida oficial da seleção brasileira. É uma torcida diferente. Vamos fazer um barulho gigante, vamos transformar também as nossas mídias sociais como canal de acesso, porque temos [uma diferença de] fuso [horário] gigante”, contou Adibe.
“Então, acho que, quanto mais rápido chegar com a informação da seleção brasileira, vai ser interessante”, completou.
Influenciadoras
Outra ativação será feita com as influenciadoras Ale Xavier e Luana Maluf, que percorrerão a Austrália em um motorhome com o intuito de mostrar os bastidores da torcida pela seleção brasileira.
“Elas vão estar com a gente, conectadas com nossas redes [sociais]. A Austrália é um país gigante. Então, essa experiência delas com o motorhome vai ser muito legal”, disse Adibe.
Força do patrocínio
A Cimed entrou como patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 2016, tendo obtido ganhos de visibilidade já naquele ano, com a conquista do ouro inédito da seleção brasileira masculina nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Nesse período, a farmacêutica decidiu alterar a cor de sua logomarca para amarelo, para facilitar a associação com a equipe brasileira. A ideia também foi uma maneira de se diferenciar das concorrentes, já que ninguém usava o amarelo.
“A seleção brasileira tem uma força tão grande que o próprio brasileiro não imagina o ativo que tem. Todo dia nasce um brasileiro, todo dia nasce um torcedor”
João Adibe, presidente da Cimed
O empresário comemora o fato de ter exclusividade do patrocínio na categoria farmacêutica. Nesses oito anos de parceria, o executivo da Cimed contou que a empresa conseguiu aumentar bastante sua participação no mercado.
“Para você ter uma noção, quando a gente começou, a Cimed faturava R$ 300 milhões. Hoje, fatura R$ 3 bilhões. Então, já dá para ver qual é a força da seleção. Nenhum outro patrocínio esportivo teve um retorno tão acentuado”, destacou Adibe, cuja empresa já investiu em vôlei, Stock Car e atualmente também é parceira de Palmeiras e Cruzeiro no futebol.
“O esporte já faz parte do nosso DNA. Temos mais de 20 anos de história com o esporte, mas a seleção brasileira é a cereja do bolo dentro do nosso escopo todo”, afirmou o empresário.
O compromisso entre Cimed e CBF está perto do fim. Mas já há conversas para a renovação até a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.
“Neste ano, encerra-se o nosso contrato com a seleção brasileira. Mas já abrimos negociação. Nosso interesse é continuar”, finalizou Adibe.