O Corinthians conseguiu, nesta quarta-feira (9), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a aprovação do Regime Centralizado de Execuções (RCE), que permitirá que o clube mantenha um plano para o pagamento de R$ 367 milhões em dívidas cíveis. O Timão havia entrado com esse requerimento na Justiça em novembro.
Esse valor corresponde a apenas 15,96% do total de débitos do Corinthians, que supera os R$ 2,3 bilhões (incluindo as dívidas referentes à Neo Química Arena).
Com a aprovação do RCE, porém, o Corinthians ganha um fôlego financeiro para a quitação desses débitos sem o risco de sofrer bloqueios judiciais em suas contas.
O que é
O RCE garante ao time devedor um prazo de até seis anos para pagar os credores. Se a equipe comprovar, até lá, que quitou ao menos 60% de seus débitos, poderá prorrogar o período por mais quatro anos.
O principal atrativo do RCE para uma equipe altamente endividada como o Corinthians é que o modelo prevê que, na medida em que a ordem de pagamentos estabelecida estiver sendo cumprida em dia, o clube não poderá sofrer qualquer tipo de penhora ou bloqueio em seus bens ou receitas.
Para conseguir a aprovação do RCE no órgão especial do TJ-SP, o Corinthians contou com a atuação dos escritórios Mubarak Advogados e Mandel Advocacia, além da participação de representantes dos departamentos jurídico e financeiro do clube.