A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro divulgou, nesta sexta-feira (19), o balanço financeiro do clube em 2022 com prejuízo contábil de R$ 24,6 milhões.
Segundo o clube, o prejuízo foi “afetado por diversos efeitos não recorrentes gerados pelo início das operações e pela reestruturação do futebol do Cruzeiro”. De fato, houve a necessidade da implantação da nova gestão e uma reestruturação de gastos. Além disso, o Cruzeiro disputou a Série B do Brasileirão no ano passado, diminuindo suas possibilidades de arrecadação.
A receita bruta do time mineiro ficou em R$ 150,4 milhões para um período de aproximadamente 11 meses de operação (4 de fevereiro a 31 de dezembro de 2022). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 14,6 milhões (10% da receita líquida).
Salários e despesas
O custo total com salários, direitos de imagem e encargos da operação do futebol profissional, incluindo jogadores, comissão técnica e colaboradores alocados diretamente para a operação do futebol, foi de R$ 46,7 milhões (32% da receita líquida). Os gastos com intermediação, aquisição e formação de atletas não estão inclusos nesse montante.
A receita total com transações de atletas foi de R$ 16,2 milhões. Além dos destaques mencionados, cerca de R$ 92 milhões (63% da receita líquida) foram gastos em auxílio financeiro ao Cruzeiro Associação, incluindo o pagamento de R$ 7,9 milhões em impostos devido a atrasos.
Em relação à negociação da aquisição das Tocas da Raposa I e II, os centros de treinamento do Cruzeiro, o negócio foi sacramentado no valor de R$ 216 milhões. O pagamento será quitado em um prazo de 12 anos.