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De volta à Série A, Coritiba negocia naming rights do Couto Pereira para 2026

Clube projeta novas ações de marketing, amplia patrocínios e aposta em experiências para aumentar programa de sócio-torcedor

Jogadores do Coritiba comemoram o título da Série B do Campeonato Brasileiro - JP Pacheco/Coritiba

Jogadores do Coritiba comemoram o título da Série B do Campeonato Brasileiro - JP Pacheco/Coritiba

De volta à Série A do Campeonato Brasileiro em 2026, o Coritiba negocia pela primeira vez um contrato de naming rights para o estádio do Couto Pereira. A iniciativa faz parte do planejamento de marketing para o ano que vem, após a conquista do título da Série B.

Um dos desafios do clube paranaense em seu retorno à elite é o aumento da arrecadação no marketing que ajude a dar sustentabilidade financeira ao projeto da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do time.

“Tem algumas conversas de interessados nos naming rights. Queremos também promover melhorias no Couto Pereira, como nos painéis de led e telão para  comercializar esses espaços de mídia”, conta Beto Matta, gerente de marketing do Coritiba à Máquina do Esporte.

“Também temos projeto de renovação de camarotes, da experiência no espaço como um todo”, destaca.

Estádio

O clube tem investido em ações voltadas ao torcedor no Couto Pereira. Entre as iniciativas estão o Coxa Sports Bar, local de concentração dos torcedores nas horas que antecedem os jogos do Coritiba. Em maio foi remodelada a Coxa Store, a loja oficial do clube no Couto Pereira.

Outra iniciativa da SAF foi a inauguração, no final de 2024, do Museu da Glória, que exalta a história do Coritiba, o primeiro time do Paraná a se sagrar campeão brasileiro, conquista que comemorou 40 anos em 2025.

“Antes era um local sem vida no Couto Pereira. Em outubro criamos um espaço com museu, loja oficial e bar. O torcedor tinha tradição de chegar cedo, fazendo festa antes do jogo”, conta Matta.

Para engajar a torcida, o clube também inaugurou, em 2023, uma iluminação verde no estádio, conhecida como “Green Hell” (Inferno Verde), que é como a torcida do Coxa se refere à atmosfera de celebração que cria durante as partidas em casa, com o estádio dominado pela cor do clube.

Patrocínios

Com a exposição maior na Série A, o Coritiba também busca, neste final de ano, a renovação de seus atuais contratos de patrocínio e prospecção de novos parceiros com valores mais significativos.

Atualmente, a equipe conta com Diadora (fornecedora de material esportivo); Reals (patrocínio máster); CRM Bonus (manga); Ademicon (clavícula); Neodente (costas superior), JFK Investimentos (número), Paraná Banco (barra traseira); Biovalle e Unicesumar (calção).

“Não queremos simplesmente falar para nosso patrocinador: ‘Vem aqui, nos dê um dinheiro e muito obrigado.’ Queremos estar juntos para construir uma relação maior com nosso parceiro, e que ele aumente a afinidade com nosso público. Estamos falando de mais de 2 milhões de pessoas”, contabiliza.

Estádio do Couto Pereira, que pode ter seus naming rights negociados pela primeira vez - Coritiba/Divulgação
Estádio do Couto Pereira pode ter naming rights negociados pela primeira vez – Coritiba/Divulgação

Infraestrutura

O Centro de Treinamento também passou por mudanças recentes. O clube construiu um novo Centro de Saúde e Performance, integrado com nutrição e fisioterapia.

“Foi uma mudança importante para o CT. Jogador já chega, vai para vestiário e está no Centro de Saúde e Performance. É um espaço moderno e integrado, com equipamentos de tecnologia novos”, diz Matta.

Outro investimento é na manutenção da qualidade do gramado do Couto Pereira, reconhecido como um dos melhores do país. No ano passado, mesmo com o Coritiba ainda na Série B, o estádio foi sede da vitória do Brasil sobre o Equador, por 1 a 0, durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026.

Torcida

A melhoria de desempenho do time em campo também atraiu novos sócios-torcedores. Em agosto, o clube atingiu a meta do ano, que era de chegar a 30 mil associados no programa. Atualmente o clube possui cerca de 34 mil e tem meta ousada para a reestreia na primeira divisão, no ano que vem.

 “Acredito que podemos chegar nos 50 mil [sócios-torcedores em 2026]. Temos meta ousada. Mas fazia anos que não atingíamos uma média de público tão alta”, lembra o executivo.

De fato, o Coritiba liderou a média de público na Série B do Brasileirão, com 22.048 pessoas por jogo. O time ficou à frente do rival Athletico (19.484), além de Remo (19.341), Paysandu (10.727), Criciúma (9.154), Goiás (8.502), Chapecoense (7.264), Avaí (6.156), Vila Nova (5.404) e CRB (4.368).