Vitório Piffero, ex-presidente do Internacional, foi condenado pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) a 10 anos e 6 meses de prisão por estelionato e organização criminosa.
Já Pedro Affatato, antigo vice-presidente de finanças do Colorado, foi condenado a 19 anos e 8 meses de detenção pelos mesmos crimes, além de lavagem de dinheiro. Outras três pessoas, Carlos Eduardo Marques, Ricardo Bohrer Simões e Adão de Fraga Feijó, ligados a empresas que prestavam serviços ao Inter, também foram condenadas. Ainda cabe recurso às sentenças.
Segundo uma investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), os dirigentes teriam participado de um esquema que desviava dinheiro do clube para obras que não foram realizadas ou que aconteceram, mas tiveram seus valores superfaturados.
“Os acusados orquestraram um complexo esquema envolvendo diversas empresas, que viabilizaram acesso a duas centenas de notas fiscais, afora utilização de suas contas bancárias, por quase dois anos, para viabilizar a execução dos sucessivos delitos”, afirmou o juiz Roberto Coutinho Borba na sentença.
Indenização
Os supostos desvios aconteceram durante o segundo período em que Piffero foi presidente do Inter, entre 2015 e 2016. Segundo o MP-RS, o esquema teria desviado R$ 13 milhões dos cofres do time gaúcho.
No despacho, Borba também condenou os acusados a ressarcirem os valores desviados aos cofres do Internacional “em razão do cometimento de duzentos delitos de estelionato”. O valor da indenização ainda será calculado, com correção monetária e juros.