O governo da Austrália anunciou um fundo de 200 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 633,74 milhões, na cotação atual) para impulsionar o esporte feminino no país, inspirado pela boa performance das Matildas, como é conhecida a seleção de futebol feminino local, durante a Copa do Mundo de 2023.
Batizado de “Play Our Way” (“Jogue do Nosso Jeito”, em tradução livre), o programa buscará promover maior participação feminina no esporte, com foco em criar ambientes modernos e seguros para mulheres e meninas praticarem as modalidades esportivas que quiserem. O programa também financiará instalações adequadas e iniciativas de base.
Mesmo com a previsão de benefícios para esportes populares na Austrália, como rúgbi e críquete, além de esportes paralímpicos, o futebol deve receber a maior parcela do financiamento.
Durante a Copa do Mundo Feminina da Fifa, a Austrália chegou até a semifinal, mas foi eliminada pela Inglaterra, após derrota por 3 a 1. Na disputa pelo terceiro lugar, perdeu para a Suécia por 2 a 0. Ainda assim, o quarto lugar foi um desempenho histórico para o futebol feminino do país.
O pacote de medidas prevê ainda a igualdade de premiação em dinheiro para as ligas de futebol da Austrália em 2023. O total de prêmios em dinheiro para ambos será de 1,1 milhão de dólares australianos (R$ 3,5 milhões). Esse valor será dividido entre as quatro melhores equipes da AFL (liga masculina) e as oito melhores equipes da AFLW (liga feminina).
Transmissão
O governo também pretende assegurar que eventos esportivos femininos sejam transmitidos na TV aberta, melhorando o acesso do público a jogos relevantes. Vale lembrar que, mesmo na condição de país-sede (ao lado da Nova Zelândia), a maior parte do Mundial foi exibida na Optus Sport, rede local de TV fechada.
Para isso, o governo australiano identificou a necessidade de atualizar o esquema de transmissão do país, incluindo serviços on-line para evitar que os eventos fiquem restritos a assinaturas pagas. Diferentemente da Copa Feminina, as partidas da Copa do Mundo Masculina estão protegidas por leis federais, garantindo prioridade para emissoras de TV aberta antes de qualquer plataforma paga. Essas questões midiáticas serão apresentadas ao parlamento australiano nos próximos meses.