Mais dois clubes irão trocar de fornecedor de material esportivo na próxima temporada. Segundo a Máquina do Esporte apurou, o Grêmio deixará a Umbro e assinou com a New Balance por três temporadas. Já o Fluminense também encerra parceria com a Umbro e terá a Puma como fornecedora de material esportivo a partir do ano que vem.
No caso do Imortal, havia uma série de propostas na mesa da diretoria para a próxima temporada. New Balance, Nike, Puma, Diadora, Mizuno e Umbro chegaram a apresentar propostas.
Nos últimos meses, o Grêmio trocou NDAs (acordo de não divulgação, na sigla em inglês) com as empresas interessadas. O NDA é um contrato de confidencialidade, no qual são abertas informações que não podem ser utilizadas pelas partes envolvidas na negociação.
Entre as ofertas em mãos, a diretoria buscou não apenas na valorização financeira do atual acordo, mas em questões como duração do compromisso, distribuição e possibilidade de cada marca atender a pedidos específicos do clube gaúcho.
Esse último tópico foi o que afastou a Nike da concorrência. Inicialmente, a marca norte-americana estava interessada em expandir seus tentáculos na Região Sul, até como uma forma de concorrer com a rival Adidas, que já é fornecedora do Internacional.
Troca sem troca
A mudança de fornecedor de material esportivo não será assim tão radical para o Grêmio, já que tanto Umbro como New Balance têm licença de produção e comercialização no Brasil da mesma empresa, o Grupo Dass.
A ideia da empresa, que possui fábrica em Saudades (SC), é trabalhar melhor a marca no país. A New Balance já é fornecedora do São Paulo, em contrato iniciado no ano passado com cláusula de exclusividade que vence no final desta temporada.
A Umbro é fornecedora do Grêmio desde 2015, em uma das parcerias mais longevas do futebol brasileiro.
Fluminense
Já o Fluminense é outro clube prestes a trocar a Umbro por outra marca de material esportivo para 2026. A escolha do Tricolor Carioca foi a Puma, que já é fornecedora de Palmeiras, Red Bull Bragantino e Bahia.
No caso dos contratos com o time de Bragança Paulista e Salvador, os acordos da fábrica alemã abarcam outros clubes do mesmo grupo. A empresa já é fornecedora de RB Leipzig (Alemanha) e Red Bull Salzburg (Áustria), que disputa a Copa do Mundo de Clubes, nos EUA.
Já o Bahia entrou na conta do City Football Group (CFG), detentor da SAF do clube, que já possui contrato com a Puma em outras equipes geridas pelo grupo, como Manchester City (Inglaterra) e Girona (Espanha).
O Palmeiras, por sua vez, renovou contrato no ano passado com a Puma em vínculo que vai até 2028. O vínculo entre clube e marca de material esportivo teve início em 2019.
Geopolítica das marcas
Sem Grêmio e Fluminense, a Umbro se mantém no uniforme de clubes importantes do país: Santos, Sport Recife e Athletico-PR, que disputa neste ano a Série B do Campeonato Brasileiro.
A próxima temporada, porém, irá assistir a um crescimento de participação de gigantes de material esportivo na elite do futebol nacional.
A Nike renovou com o Corinthians por mais dez anos, afastando a chance de o Timão trocar a empresa pela Adidas, que chegou a fazer proposta vantajosa. A marca do Swoosh é a fornecedora do Timão desde 2003.
Para 2026, a empresa norte-americana, que há quatro anos vinha tendo apenas o Corinthians e a seleção brasileira como ativos no Brasil, irá ampliar seus tentáculos para outros estados.
A empresa assinou com o Vasco, que deixará a Kappa, por sete temporadas. Também acertou acordo com o Atlético-MG, que finaliza parceria com a Adidas.
A marca das três listras, por sua vez, mesmo com as perdas de Galo e a negociação fracassada com Corinthians, seguirá com boa participação no mercado. Continuará vestindo três times que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro 2025: Flamengo, Cruzeiro e Internacional.
A Puma, por sua vez, cresce em representatividade, com Palmeiras, Bahia, Red Bull Bragantino e, a partir do ano que vem, Fluminense.