O Grupo Hyundai Motor, proprietário das marcas de veículos Hyundai e Kia Motors, anunciou, nesta quinta-feira (25), a renovação da parceria com a Fifa até 2030. Juntas, as montadoras serão responsáveis por suprir toda a necessidade de logística dos eventos da entidade máxima do futebol mundial, incluindo a Copa do Mundo Feminina de 2023, que ocorrerá entre julho e agosto deste ano na Austrália e Nova Zelândia, e a Copa do Mundo Masculina de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá.
Em uma espécie de aproveitamento de todo o portfólio de marcas do Grupo Hyundai Motor, as subsidiárias Boston Dynamics e Supernal foram incluídas no acordo.
Com sede em Massachusetts, a Boston Dynamics é uma empresa de tecnologia e engenharia robótica, enquanto a Supernal, baseada em Washington, oferece serviços de mobilidade aérea, transportando pessoas e encomendas pelo ar.
A Boston Dynamics oferece suporte e tecnologia para os aeromóveis da Supernal, formando assim um conglomerado de mobilidade. Dessa forma, a estratégia do Grupo Hyundai é oferecer um leque completo de serviços para a Fifa, valorizando ainda mais o contrato.
De acordo com o comunicado, “as redes de distribuição global das montadoras permitirão fornecer uma ampla gama de veículos que atenderão a todas as necessidades de transporte da Fifa, possibilitando o movimento de equipes, oficiais e funcionários”.
“Ao entrarmos juntos nessa nova era, estamos entusiasmados com as perspectivas que nos aguardam com a adição da Boston Dynamics e da Supernal. Juntos, continuaremos trabalhando para unir o mundo por meio do futebol”, disse Gianni Infantino, presidente da Fifa.
Estratégia de atalho
Esta não é, contudo, uma estratégia inédita. A Coca-Cola, por exemplo, é uma das empresas que têm a cultura de incluir suas marcas secundárias, como a Powerade, marca de bebidas isotônicas, como patrocinadora de eventos esportivos. Recentemente, a empresa fez exatamente isso na renovação do aporte a todos os torneios da Conmebol, em um contrato que irá até 2026.
A Ambev, por sua vez, também executa estratégia semelhante. Desde que a fabricante de cervejas brasileira comprou a Budweiser, em 2008, por R$ 52 bilhões, utiliza a marca adquirida, que é conhecida globalmente, como patrocinadora de diversos eventos esportivos. Um exemplo foi a própria Copa do Mundo do Catar em 2022.
Além disso, essa estratégia serve como um atalho, pois possibilita que empresas, mesmo emergentes, peguem carona no patrocínio da “organização matriz” e consigam chegar a grandes eventos em diferentes países, facilitando o processo de globalização da marca.