A Hyundai suspendeu o patrocínio ao Chelsea após o governo do Reino Unido levantar várias sanções ao dono do clube, o magnata russo Roman Abramovich, por suas ligações com Vladimir Putin e o governo da Rússia, que invadiu a Ucrânia no último dia 24 de fevereiro.
Em nota, a Hyundai disse que o acordo de ser o “parceiro automotivo global oficial” do Chelsea está suspenso temporariamente. A montadora estampava seu logotipo nas mangas da camisa do time londrino, atual campeão da UEFA Champions League e do Mundial de Clubes da FIFA.
A Hyundai tinha contrato de patrocínio com o Chelsea desde 2018 por um valor avaliado em cerca de £ 10 milhões.
“A Hyundai se tornou um dos parceiros mais fortes do futebol ao longo dos anos, e a empresa apoia o esporte para ser uma força para o bem. Através de nossa parceria com o Chelsea FC, somos torcedores orgulhosos dos jogadores, dos torcedores e do futebol de base. No entanto, nas circunstâncias atuais, tomamos a decisão de suspender nossas atividades de marketing e comunicação com o clube até novo aviso”, informou a empresa sul-coreana.
A Hyundai é o terceiro parceiro comercial importante a suspender apoio ao Chelsea. Anteriormente, saíram a empresa de telecomunicações Three, que era patrocinadora máster da camisa, e o aplicativo Zapp.
Outras empresas, porém, permanecem como parceiros oficiais. É o caso de Trivago e Nike. O site de comparação de preços de hotéis admitiu estar incomodado com a situação atual do clube, mas manteve o apoio ao Chelsea.
“A incerteza sobre a atual situação de propriedade do Chelsea FC tem sido um desafio. No futuro, será importante [a definição do novo dono] para continuarmos apoiando o clube, os torcedores e a comunidade, juntamente com o trabalho essencial que a Fundação Chelsea faz para ajudar os necessitados. Estamos ansiosos por uma transição de propriedade o mais rápido possível e queremos apoiar o clube nesse processo. Forneceremos qualquer atualização no nosso relacionamento comercial, se e quando apropriado”, afirmou o Trivago, que não se eximiu de comentar a guerra na Ucrânia.
“Como uma empresa de cidadãos globais, não podemos tolerar a invasão não provocada e catastrófica da Ucrânia. Acreditamos em um mundo livre, na liberdade de expressão e na paz. Continuamos nossos esforços junto com nossas equipes para apoiar os esforços humanitários e aliviar o sofrimento da população afetada. Estamos com a Ucrânia”, ressaltou a empresa.
Segundo o site The Athletic, a Nike é outra empresa que manterá seu vínculo comercial com a equipe inglesa. A empresa de material esportivo assinou contrato com o Chelsea em 2016. O acordo, válido por 15 anos, é estimado em £ 900 milhões ou £ 60 milhões por temporada. A Nike não confirma esses valores.
Vale ressaltar que, nos bastidores, temia-se que, caso a Nike rescindisse o contrato, o clube sofresse estrangulamento financeiro. Ao menos por enquanto, não é o que vai acontecer.