Um levantamento feito pela Federação Internacional de Associações de Futebolistas Profissionais (Fifpro) constatou que as jogadoras da Copa do Mundo Feminina 2023, realizada entre junho e julho na Austrália e na Nova Zelândia, sentiram que não tiveram um período adequado de descanso antes e depois do torneio, além de terem relatado falta de suporte para saúde mental como seus principais obstáculos no esporte.
A pesquisa da Fifpro abrangeu atletas de 26 das 32 equipes da Copa do Mundo, e dois terços delas afirmaram que não estavam em seu “ápice físico” no início da competição.
De acordo com a federação, 86% das entrevistadas tiveram menos de duas semanas de descanso entre o término de suas campanhas na Copa do Mundo e a retomada de suas competições locais.
“As jogadoras podem não conhecer os períodos adequados de descanso, recuperação e recondicionamento. É nosso papel fazer campanha por isso em nome delas”, disse Sarah Gregorius, diretora de políticas globais e relações estratégicas para o futebol feminino da Fifpro.
“Uma das razões pelas quais questionamos sobre o descanso e a recuperação das jogadoras foi para contribuir nas futuras discussões sobre o calendário internacional de partidas da Fifa. Temos pilares muito claros sobre o que isso [o calendário] deve oferecer às jogadoras e à indústria”, acrescentou Gregorius.
Saúde mental
Aproximadamente 60% das entrevistadas indicaram que o suporte oferecido para saúde mental foi “insuficiente”.
“Foi bastante alarmante para nós vermos essa estatística”, afirmou Gregorius.
“O tamanho da delegação para cada equipe foi ampliado de 35 para 50 pessoas. Com esses 15 membros adicionais, esperava-se que as federações oferecessem algum suporte para saúde mental às jogadoras. A saúde mental se torna uma prioridade importante se 60% das jogadoras afirmaram que foi insuficiente”, finalizou a diretora.