A Juventus deverá iniciar a temporada 2024/2025 com o espaço máster de sua camisa vazio. A equipe italiana não tem nenhum acordo de patrocínio firmado até o momento e, por isso, pode disputar amistosos de pré-temporada sem nenhuma marca exposta na parte da frente dos seus uniformes.
Atualmente, o clube possui o patrocínio máster da Jeep, montadora com quem tem parceria desde 2012. O acordo, porém, terminará no dia 30 de junho e não será renovado, pois a Juventus está em busca de um contrato com valores maiores.
Apesar de possuir um dos dez melhores acordos de material esportivo do mundo, com um contrato de € 55,1 milhões anuais com a Adidas, a Juventus ainda fica longe da arrecadação dos maiores clubes europeus, como Real Madrid, Manchester City e Paris Saint-Germain.
O patrocínio da Jeep previa o pagamento de € 45 milhões por ano, sendo um dos dez maiores contratos da Europa. Porém, conforme divulgado pela Juventus em sua declaração de aumento de capital de 2023, o valor recebido foi menor.
Em julho do ano passado, o clube readquiriu direitos de publicidade que pertenciam à Stellantis Europe, dona da Jeep desde 2021, por € 3 milhões, o que reduziu os pagamentos do patrocínio de € 45 milhões para € 42 milhões.
Além disso, o valor do acordo diminuiu ainda mais por conta da Juventus não ter se classificado para nenhuma competição europeia na temporada 2023/2024, passando de € 43 milhões para € 38 milhões. Para efeito de comparação, os maiores contratos de patrocínio da Europa alcançam € 70 milhões.
Vale lembrar, por outro lado, que um dos principais investidores da Stellantis é ninguém menos que o empresário Andrea Agnelli, proprietário da Juventus, que deixou a presidência do clube em 2022. Sua empresa de investimentos, a Exor, é a principal acionista do conglomerado automobilístico.
Futuro
De acordo com a imprensa italiana, a tendência é de que a questão do patrocinador máster da Juventus seja resolvida apenas perto do início dos jogos oficiais da próxima temporada. No Grande Prêmio da Arábia Saudita de Fórmula 1, em março, diretores do clube foram vistos com a Ferrari, o que gerou especulações.
A montadora italiana de carros de luxo também tem a Exor como principal acionista. Tanto no caso dessas especulações em torno da Ferrari na camisa da Juventus se materializarem quanto no contrato atual com a Jeep, as saídas representam, na prática, soluções “caseiras” encontradas por Agnelli em matéria de patrocínio.
Ao mesmo tempo em que investe no clube que lhe pertence, ele ajuda a colocar suas marcas em evidência ao redor do mundo, exposição que a Ferrari certamente não precisa buscar no futebol, já que, além de atender a um público muito segmentado e com elevadíssimo poder aquisitivo, a marca já é muito reconhecida internacionalmente, graças à escuderia de F1.
Uma outra possibilidade cogitada pela imprensa italiana é de que a visita de Agnelli à Arábia Saudita visaria a fortalecer laços com empresas do país e, quem sabe, encontrar um patrocinador máster para o clube.
Em todo caso, conforme publicou o jornal italiano Calcio e Finanza, a tendência é de que o anúncio das camisas da temporada 2024/2025, que será realizado em breve, ocorra sem que o clube tenha definido um acordo de patrocínio.