O Atlético Mineiro tem mantido conversas para encontrar um investidor disposto a colocar cerca de R$ 1 bilhão no clube por pelo menos 50% do controle acionário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que deverá ser criada para receber o investimento.
A reportagem da Máquina do Esporte apurou que, além da proposta informal feita pelo City Football Group de R$ 1 bilhão por 51% do controle acionário da SAF, o Atlético tem conversado com grupos de investidores americanos e da Europa.
A proposta do City, revelada nesta segunda-feira (7) pelo jornalista Rodrigo Capelo, do Grupo Globo, é a que foi mais debatida internamente no Atlético. A alta cúpula do clube e os “4R”, como é conhecido o grupo formado pelos quatro principais investidores atleticanos, Ricardo Guimarães, Renato Salvador, Rubens Menin e Rafael Menin, acreditam que, para manter o Atlético com um time competitivo, a entrada de um investidor externo é necessária.
O clube tem usado a consultora EY para auxiliá-lo no processo, segundo confirmou a reportagem da Máquina do Esporte com fontes ligadas ao negócio. A ideia é que a EY ajude a filtrar as propostas para, então, o Atlético ir ao Conselho Deliberativo para aprovar a SAF.
A conversa com o City Group foi coordenada pelos 4R, em visita a Manchester ainda no ano passado. O grupo se encontrou com Ferran Soriano, espanhol que é o CEO do City Football Group, idealizador do projeto de criar uma holding de clubes ao redor do mundo e que teria, no Atlético, uma equipe de destaque na América do Sul como é o Manchester City na Europa. Não foi feita uma proposta formal para a aquisição da SAF, mas já houve a sinalização de que o City Group injetaria R$ 1 bilhão para ter 51% do controle.
A expectativa do Atlético é de que o investidor ajude a quitar a dívida de quase R$ 1 bilhão que o clube ainda tem e que vem sendo sanada pelos bilionários que compõem os 4R. Para atrair mais interessados, a diretoria atleticana espera conseguir, em breve, vender o restante do Shopping Diamond Mall, que tem sido negociado para quitar parte da dívida.
A esperança é de que, se a porcentagem restante do shopping for negociada (o que precisa de aprovação do Conselho Deliberativo), a dívida atleticana de curto prazo acabe, restando menos de R$ 400 milhões para serem abatidos no longo prazo, o que aumenta o interesse de investidores e, naturalmente, o valor a ser aportado para poder controlar o clube.