A concessionária que assumiu a gestão do estádio do Pacaembu decidiu transformar em produto as antigas cadeiras numeradas do estádio. A partir desta quarta-feira (27), a Allegra Pacaembu e a loja Tok&Stok começaram a vender uma coleção limitada de cadeiras construídas a partir das peças que foram retiradas do antigo estádio.
São quatro tipos de produtos disponibilizados para venda: dois tipos de cadeiras e dois tipos de bancos. No momento, apenas os assentos da cor amarela estão disponíveis para compra, ao custo de R$ 1.499,00 (cadeira) e R$ 1.799,00 (banco).
A iniciativa gerou polêmica nas redes sociais por conta dos valores cobrados pela ação. O projeto, porém, não vai gerar receita para a Allegra Pacaembu. A concessionária firmou um acordo com a Fundação Gol de Letra, ONG criada pelo ex-jogador Raí, que ficará com toda a renda gerada pelo projeto.
À Máquina do Esporte, a concessionária afirmou que o projeto atende a “uma iniciativa sócio-ambiental” e tem o objetivo de “enaltecer a história do futebol no estádio mais emblemático da cidade de São Paulo”.
“Destacamos que todo o lucro da comercialização será revertido para a “Fundação Gol de Letra” – organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que desenvolve, desde 1998, projetos para contribuir com a educação de crianças e jovens de comunidades socialmente vulneráveis. E que o reaproveitamento das cadeiras evitou seu descarte, dando a elas um novo propósito. Ressaltamos, ainda, que não há qualquer restrição legal ou contratual à iniciativa”, disse a empresa na resposta aos questionamentos da reportagem.
A Allegra Pacaembu ganhou a licitação para explorar comercialmente o estádio municipal paulistano. Durante a pandemia, o Pacaembu virou hospital de campanha e, atualmente, já demoliu a área do tobogã e deu início à construção do prédio que funcionará no local.