O ano de 2022 chegou ao fim com o Palmeiras devendo R$ 68 milhões para a Crefisa, sua principal patrocinadora. Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (2) pelo portal GE, a soma é relativa a aportes feitos pela empresa em contratações de atletas, especialmente no início da parceria.
Dos integrantes do elenco atual, o maior valor diz respeito ao zagueiro Luan, que responde por R$ 15,5 milhões desse total. Nomes que já deixaram o clube também pesam nessa dívida, caso do atacante Borja, contratado junto ao Atlético Nacional, da Colômbia, mas que não engrenou no Palmeiras e hoje está no River Plate. Ele é responsável por R$ 16,7 milhões que o time alviverde deve à Crefisa.
Outro que se encontra nessa condição é Deyverson, autor do gol do último título do Palmeiras na Copa Libertadores, em 2021. Atualmente no Cuiabá, o centroavante responde por R$ 16,8 milhões desse montante devido pelo clube paulista, segundo o GE.
Devolver com juros
O Palmeiras recebeu aporte financeiro para contratar esses atletas sob a promessa de ressarcir a patrocinadora. Aditivos do contrato aprovados pelo Conselho Deliberativo preveem que o clube deverá repor a quantia à Crefisa, acrescida de juros, com base no Certificado de Depósito Bancário (CDI). No último mês de dezembro, o valor anualizado dessa taxa estava em 13,65%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses era de 11,94%.
Pelo acordo em vigor, o ressarcimento com juros deve ser feito no momento em que o atleta é negociado pelo clube. Isso, no caso de o Palmeiras obter um valor maior do que o aportado pela Crefisa (o eventual lucro fica com o time). Se for menor, a instituição tem dois anos de prazo para quitar o valor devido.
Segundo o site, o clube tem utilizado os bônus pagos pela Crefisa após conquistas de títulos (como da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro) para abater a dívida com a patrocinadora.