O levantamento dos borderôs do Campeonato Brasileiro entre 2023 e 2025 feito pela Máquina do Esporte coloca o Palmeiras entre os clubes de maior peso econômico da Série A. Ao longo do triênio, período em que foi campeão em 2023 e vice-campeão em 2024 e 2025, o clube alviverde manteve participação relevante no público, na arrecadação e no líquido a receber da competição.
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Em 2023, temporada encerrada com o título brasileiro, o Palmeiras registrou 630.174 ingressos emitidos, o equivalente a 6,2% do público total do Brasileirão. A arrecadação bruta somou R$ 45,9 milhões, participação de 9,1% na renda da competição. Com despesas totais de R$ 8,7 milhões, o clube fechou o ano com líquido a receber de R$ 31,9 milhões, montante que respondeu por 12,4% de todo o valor líquido gerado pela Série A.
Em 2024, ano em que terminou com o vice-campeonato, o público caiu para 597.547 ingressos, uma redução de 5,2% na comparação com a temporada anterior, fazendo a participação do clube recuar para 5,9% do total do campeonato. Ainda assim, a arrecadação bruta avançou para R$ 49,5 milhões, alta de 7,8%, passando a representar 9,7% da renda total do Brasileirão. O crescimento da receita veio acompanhado de uma forte pressão dos custos. As despesas totais saltaram para R$ 15,6 milhões, um aumento de 79,4% em relação a 2023. Mesmo assim, o líquido a receber cresceu 6,1%, chegando a R$ 33,9 milhões, o equivalente a 13,8% do total líquido da competição.
O cenário mudou em 2025. Em mais uma temporada encerrada com o vice-campeonato, o Palmeiras contabilizou 663.899 ingressos emitidos, crescimento de 11,1% em relação a 2024, passando a responder por 6,6% do público total do Brasileirão. A arrecadação bruta recuou para R$ 47,7 milhões, queda de 3,7% na comparação anual, ainda assim equivalente a 9,2% da renda total da Série A. As despesas seguiram em trajetória de alta e chegaram a R$ 16,1 milhões, um avanço de 3,2% frente ao ano anterior.
Com arrecadação menor e custos mais elevados, o líquido a receber caiu para R$ 29,5 milhões, uma redução de 13,1% em relação a 2024. Com isso, a participação do Palmeiras no valor líquido total do Brasileirão recuou para 11,1%, mantendo o clube entre os principais geradores de resultado financeiro da competição.
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Os dados de 2025 também ajudam a qualificar a leitura das operações de jogos do Palmeiras. Dos 663.899 ingressos emitidos, apenas 127 foram ingressos zerados, o que indica uma baixa incidência de gratuidades. Com 663.772 ingressos pagos, o tíquete médio chegou a R$ 71,83, reforçando a estratégia de preços elevados adotada pelo clube nos jogos como mandante.
Em 2025, a combinação de arrecadação menor e custos mais altos reduziu o líquido a receber do Palmeiras, mesmo com aumento de público e preços elevados. O dado coloca as operações de jogos como vilãs, o que deve fazer com que estejam no centro das discussões para a próxima temporada.
