A Fifa anunciou nesta segunda-feira (29), que recebeu 150 milhões de pedidos de ingressos para a Copa do Mundo 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.
Torcedores de mais de 200 países se inscreveram na plataforma oficial do torneio nos primeiros dias da fase de sorteio das entradas, que foi iniciada no último dia 11 de dezembro.
Preços
Os valores dos ingressos têm gerado críticas dos torcedores. Uma entrada para a final, que será em Nova Jersey, pode chegar a mais de R$ 46 mil. Os valores chegam a ser o triplo dos praticados na Copa do Mundo do Catar 2022.
A Fifa utiliza um sistema dinâmico, em que os preços variam em tempo real de acordo com a demanda. A entidade informou que, apesar das reclamações quanto aos preços praticados, a procura foi mais de 30 vezes superior à oferta, com base nos números de cartão de crédito verificados em cada pedido.
O total de interessados representa 3,4 vezes mais do que o número de espectadores que acompanharam todas as 22 edições da competição desde 1930.
Infantino
Durante a Cúpula Mundial do Esporte, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, destacou o fato de a Copa do Mundo ter se tornado um evento muito desejado.
“Temos de 6 a 7 milhões de ingressos à venda e, em 15 dias, recebemos 150 milhões de pedidos. Ou seja, 10 milhões de pedidos de ingressos todos os dias. Isso demonstra o poder da Copa do Mundo”, regozijou-se.
O dirigente fez ainda um comparativo. Em quase 100 anos de torneio, cuja primeira edição ocorreu no Uruguai 1930 e a última no Catar 2022, foram vendidos 44 milhões de ingressos.
Nesse período, foram realizadas 22 edições da Copa do Mundo, considerando que não houve torneio em 1942 e 1946 por causa da II Guerra Mundial (1939-1945). Ou seja, em média, foram comercializados 2 milhões de bilhetes por edição do evento.
“Em duas semanas poderíamos ter lotado 300 anos de Copa do Mundo”, comparou.
Torcedores
Para tentar reduzir o impacto das críticas, a Fifa disponibilizou um número limitado de ingressos a US$ 60 para os 105 jogos, destinados a torcedores das associações membro participantes.
Esses bilhetes exigem verificação pelas federações nacionais e devem ser oferecidos em quantidade restrita. O dirigente afirma que as receitas obtidas serão reinvestidas no esporte.
“Sem a Fifa, não haveria futebol em 150 países do mundo. O futebol existe por causa dessas receitas que geramos com a Copa do Mundo e que reinvestimos em todo o mundo”, afirma o dirigente.
