No próximo sábado (17), a seleção brasileira entrará em campo para enfrentar Guiné, em Barcelona, na Espanha, usando um uniforme completamente preto, algo que nunca havia acontecido em seus 109 anos de história. A iniciativa faz parte de uma série de ações promovidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no combate ao racismo.
Pivô de manifestações globais antirracismo no último mês, o atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid, foi convocado e deverá jogar o amistoso com o uniforme inédito. Nas imagens de divulgação da ação, o número estampado na camisa é sempre o 20, o mesmo usado por Vini Jr. no clube espanhol até a última temporada. A partir de 2023/2024, o atacante utilizará a camisa 7.
“Desde o primeiro dia do meu mandato, essa questão é prioritária. Fizemos um seminário para tratar do tema, criamos um grupo de trabalho com 60 pessoas que se reúnem periodicamente para avançar em discussões e propostas”, disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
“Somos a única federação de futebol do mundo que criou um dispositivo que prevê a perda de pontos por causa de atos de racismo. Isso está no texto do Registro Geral de Competições da CBF”, completou o mandatário.
45 minutos
A iniciativa, no entanto, será adotada apenas no primeiro tempo da partida. Após o intervalo, no segundo tempo, a equipe brasileira voltará a campo usando a camisa tradicional amarela, que também terá elementos que remetem à luta contra o racismo.