Com a divulgação de novas informações sobre a Operação Penalidade Máxima feitas pela revista Veja, com reproduções de conversas entre o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, e um dos integrantes do esquema que manipulava resultados de apostas esportivas, o Santos afastou o atleta.
O afastamento do zagueiro é mais um resultado prático de punição a atletas que participaram de diferentes esquemas de manipulação de apostas esportivas a partir de atitudes dentro de campo em partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro em 2022. Batizada de Penalidade Máxima, a operação devassa, há alguns meses, as manipulações de apostas.
Além do Santos, o Juventude também emitiu um comunicado reiterando “seu compromisso ético e a sua absoluta intransigência em relação a qualquer comportamento que fira a lisura e a transparência que devem nortear a prática e as competições esportivas em todos os níveis”. Três atletas investigados pela operação jogaram pela equipe em 2022, período em que teriam sido abordados pela quadrilha.
Outros clubes
A Máquina do Esporte entrou em contato com Chapecoense, Cuiabá, Operário-PR, Portuguesa e Red Bull Bragantino, clubes vinculados a atletas investigados pela Operação Penalidade Máxima, mas todos informaram que não se pronunciarão neste momento.
Caso Bauermann
Segundo imagens divulgadas pela revista Veja, um dos integrantes do esquema abordou Eduardo Bauermann via WhatsApp, em novembro do ano passado, para que o jogador levasse um cartão amarelo durante o jogo contra o Avaí. O atleta ainda recebeu R$ 50 mil antecipadamente dos criminosos.
No entanto, Bauermann não foi punido com o cartão, o que revoltou a quadrilha e gerou ameaças ao atleta. Assim, como forma de “compensar” o prejuízo gerado à organização criminosa, o zagueiro do Santos aceitou uma segunda oferta, que envolvia a sua expulsão de campo no jogo contra o Botafogo. O cartão vermelho veio, porém apenas depois do apito final, o que não gerou lucros aos criminosos, mas sim uma revolta ainda maior.