O Tottenham recebeu, nos últimos dias, uma exigência por parte de um grupo de políticos britânicos para encerrar o contrato de patrocínio máster com a seguradora AIA, cuja sede fica em Hong Kong. A empresa é a principal patrocinadora da equipe londrina desde a temporada 2013/2014, com contrato renovado até 2026/2027.
De acordo com os jornais The Times e Evening Standard, o grupo de parlamentares intitulado “Grupo Parlamentar de Todos os Partidos sobre Hong Kong” acusa o Tottenham, em uma carta, de “dar legitimidade ao estabelecimento ilegal por parte da China de um regime brutal e totalitário em Hong Kong”.
Logo abaixo, o texto acrescenta que “devemos mostrar aos habitantes de Hong Kong que eles não estão sozinhos, que aqueles que apoiam sua opressão não se beneficiarão com isso e que o Tottenham Hotspur Football Club apoia os direitos humanos e a liberdade”.
Para fechar, a carta fala que o clube deveria “olhar outro lugar para patrocínio”.
Vale lembrar que, em 2020, o presidente e CEO da AIA, Lee Yuan Siong, emitiu uma declaração que parecia apoiar a controversa lei de segurança nacional de Hong Kong. Críticos da lei argumentam que ela põe em perigo os dissidentes e reduz a autonomia de Hong Kong.
Segundo os jornais britânicos, os objetivos declarados do grupo de parlamentares são promover a democracia e o estado de direito, defender os direitos humanos em Hong Kong, compartilhar informações sobre o país, nutrir as relações entre o Reino Unido e o povo de Hong Kong e dar as boas-vindas aos cidadãos de Hong Kong que chegam ao território britânico.