O presidente da FIFA, Gianni Infantino, não condenou os ataques russos à Ucrânia. O cartola, que é amigo do presidente russo Vladimir Putin, afirmou que a federação de futebol estava “muito preocupada” com a crise no leste europeu.
Infantino não se dispôs a culpar Putin pela guerra, esforçando-se para não entrar em conflito com os organizadores da última edição da Copa do Mundo, realizada em 2018.
O dirigente foi questionado por repórteres após reunião do Conselho da FIFA, quando tropas russas já tinham invadido a Ucrânia. A FIFA já havia divulgado um comunicado dizendo que “condena o uso da força pela Rússia na Ucrânia e qualquer tipo de violência para resolver conflitos”.
“A violência nunca é uma solução, e a FIFA pede a todas as partes que restaurem a paz por meio de um diálogo construtivo. A FIFA também continua expressando nossa solidariedade às pessoas afetadas por este conflito”, reiterou o comunicado.
No entanto, em entrevista coletiva, Infantino evitou entrar em polêmica com Putin. Um repórter questionou se o dirigente manteria uma medalha de amizade concedida pela FIFA ao líder russo.
“A situação é obviamente muito trágica e preocupante. Estamos constantemente refletindo sobre o papel do esporte, particularmente o papel do esporte na tentativa de unir as pessoas em um ambiente pacífico. Até mesmo pessoas e países que não têm relações ou estão em conflito entre si. Isso é uma constante no nosso pensamento. O futebol é o esporte do povo. Não se trata de indivíduos”, tergiversou o presidente da entidade que comanda o futebol mundial.