lang="pt-BR"> Sem o Corinthians, o que acontece com a Libra para o Brasileirão de 2025 - Máquina do Esporte

Sem o Corinthians, o que acontece com a Libra para o Brasileirão de 2025

Matheus Bidu comemora gol diante do Cuiabá pelo Brasileirão - Rodrigo Coca/Agência Corinthians

A Liga do Futebol Brasileiro (Libra), bloco que já possuía menos clubes em quantidade, embora contasse com algumas das maiores torcidas, sofreu um duro golpe com a saída do Corinthians do grupo na última semana.

A chegada do clube paulista à Liga Forte União é considerada um dos principais trunfos da LFU para vender seus direitos de transmissão no mercado.

Mas e a Libra? Como fica esse bloco, que conta com clubes como Flamengo, São Paulo e  Palmeiras, sem a participação do Corinthians?

Em primeiro lugar, o grupo fica enfraquecido, com a saída do time dono da segunda maior torcida do Brasil e que lidera em São Paulo, principal mercado do país. Sem o Timão, a Libra hoje conta na primeira divisão com apenas oito times: Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo e Vitória.

Sem o Corinthians, o contrato assinado pela Libra para todas as plataformas com o Grupo Globo para o ciclo de 2025 a 2029 sofrerá um desconto de 10%. Ou seja, dos R$ 6,5 bilhões de pagamento previstos ao longo de cinto temporadas, o valor seria reduzido para R$ 5,85 bilhões. A verba de R$ 1,3 bilhão por temporada irá cair para R$ 1,17 bilhão.

Mais riscos

Mas há riscos ainda maiores para a Libra com a nova configuração de forças do futebol brasileiro. Caso o bloco de clubes não garanta à Globo ao menos nove times na elite em 2025, haverá um desconto de mais 11% no valor do contrato.

O risco é razoável. A Libra tem que manter seus oito times na primeira divisão e ainda ganhar mais um no ano que vem, sendo a principal aposta para isso o Santos.

No entanto, a Libra corre o risco de encolher ainda mais. No momento, o Grêmio estaria caindo para a Série B. Por outro lado, os demais times que compõem o Z4 (Atlético-GO, Corinthians e Fluminense) estão todos no Forte União.

O problema é que o G4 da Série B atualmente é formado inteiramente por equipes que integram a LFU: Avaí, América-MG, Operário-PR e Vila Nova. Lógico que até o final do ano haverá muito perde e ganha e essa configuração de forças pode ser alterada.

O risco maior da Libra é que, caso um de seus times caia, teria que ver o acesso de duas equipes da Série B ligadas ao seu bloco comercial. E hoje a Libra conta com pouca representatividade na Segundona. Além de Santos, apenas Brusque, Guarani e Paysandu integram esse bloco comercial. E o time catarinense e o campineiro, além de estarem longe de disputar o acesso, ainda integram o Z4.

O enfraquecimento da Libra na Série B já havia ficado evidente em abril, quando o bloco perdeu cinco clubes paulistas: Botafogo-SP, Ituano, Mirassol, Nororizontino e Ponte Preta. Até então havia um razoável equilíbrio de forças na Segundona. Hoje, o campeonato é totalmente dominado pelo Forte União, com 16 das 20 equipes do torneio integrando esse grupo.

Sair da versão mobile