Após a Uefa decidir reintegrar a seleção Sub-17 da Rússia aos seus torneios internacionais, a Ucrânia começou um movimento de boicote ao Campeonato Europeu da categoria alegando que não participará de qualquer competição europeia juvenil que inclua o país com o qual está em guerra. Além disso, pediu apoio às outras federações do Velho Continente.
O pedido foi rapidamente aceito pela Suécia, que deve sediar a etapa final da Euro Feminina Sub-17 em maio do próximo ano e afirmou que não permitirá que a Rússia participe, caso se classifique.
“É opinião do Conselho Executivo que as seleções suecas [sênior e juvenil] devem continuar a não disputar jogos contra a Rússia, nem na Suécia nem em outros países”, afirmou a Federação Sueca de Futebol, em um comunicado oficial.
A Federação Inglesa já disse que não jogará contra seleções juvenis russas, enquanto o presidente da Federação Polonesa de Futebol, Cezary Kulesza, disse estar “surpreso” com a decisão da Uefa.
“Se as seleções russas puderem participar da competição, nossas seleções não competirão com elas. Esta é a única decisão correta”, declarou Kulesza no X (antigo Twitter).
O anúncio da Uefa de aliviar a proibição geral imposta às seleções da Rússia, permitindo a participação de equipes Sub-17, é a primeira e até agora única liberação da sua posição desde a invasão russa à Ucrânia.
A Uefa argumenta que “as crianças não devem ser punidas por ações cuja responsabilidade cabe exclusivamente aos adultos”. A Federação Ucraniana, por sua vez, afirmou que deixar as seleções jovens voltarem durante o conflito “tolera a política agressiva da Rússia”.