A UEFA divulgou que reportou 290 casos de abuso on-line a empresas de mídia social durante a fase de grupos da Euro feminina 2022, que está sendo disputada na Inglaterra. A entidade que comanda o futebol europeu lançou uma plataforma de monitoramento para combater o abuso on-line durante o torneio e diz que 55% dos casos de abuso foram removidos das plataformas sociais. Inglaterra, Espanha, França e Itália foram os times mais visados pelos haters.
Ao todo, 618 postagens de 528 contas individuais foram sinalizadas para revisão. A maioria das postagens relatadas foi direcionada à competição (39%), com 19% sendo direcionadas individualmente a jogadoras.
Colaboração com redes sociais
A UEFA disse que usará os dados coletados para “trabalhar com federações nacionais e empresas de mídia social para combater melhor os abusos durante o restante do torneio e além”.
“A UEFA está em estreita colaboração com as principais plataformas de mídia social, como Twitter, Meta [dona do Instagram e Facebook] e TikTok sobre esses assuntos. Além disso, ela [a UEFA] se envolve de forma proativa com as equipes participantes, informando-as antes do torneio e após cada partida, e se envolve em diálogo frequente com plataformas sociais sobre as medidas disponíveis para proteger jogadores, árbitros e oficiais de abuso on-line”, afirmou a entidade.
O italiano Michele Uva, diretor de futebol e responsabilidade social da UEFA, destacou a importância do trabalho realizado durante a primeira fase da competição.
“As postagens estão sendo identificadas e removidas. Eperamos que isso dê aos jogadores, treinadores e árbitros a possibilidade de serem protegidos pela UEFA”
Michele Uva, diretor de futebol e responsabilidade social da UEFA
“O principal objetivo é sempre proteger o nosso jogo. É ótimo ver o projeto em ação. Estou satisfeito por já podermos ver o impacto concreto que isso está tendo com base nos números da fase de grupos. As postagens estão sendo identificadas e removidas. Esperamos que isso dê aos jogadores, treinadores e árbitros a possibilidade de serem protegidos pela UEFA”, destacou Michele.
O diretor já projeta como fazer com que a iniciativa gere mais frutos no futuro.
“Nossos próximos passos são trabalhar proativamente para prevenir, denunciar e facilitar a remoção de postagens e comentários abusivos, e reconhecemos nossa responsabilidade e papel nisso. Continuaremos a partilhar ideias na última parte da nosso fantástica Euro feminina e em futuros eventos da UEFA”, afirmou o dirigente.